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Aston Martin em “ritmo de time vencedor”

Contratar Sebastian Vettel para formar dupla com Lance Stroll em 2021 foi o primeiro movimento ousado

João Luiz da Fonseca

27/01/2025 5h00

Atualizada 26/01/2025 16h35

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Foto: Reprodução

A Aston Martin voltou à Fórmula 1 em 2021, quando Lawrence Stroll rebatizou a equipe de Racing Point. Na época, o bilionário canadense disse que o retorno à categoria após uma ausência de 61 anos “teria um efeito instantâneo no esporte, na mídia e nos fãs” e chamaria a atenção global.

Contratar Sebastian Vettel para formar dupla com Lance Stroll em 2021 foi o primeiro movimento ousado. Mas não foi o único, e a marca britânica desde então quis deixar claro que não estava voltando à F1 a eio, mas para chegar no topo.

Juntando a força do tetracampeão mundial para formar dupla com Lance Stroll, a equipe terminou em sétimo na classificação de construtores de 2021 e 2022, durante a transição para os regulamentos de “efeito solo”.

Em 2023, o segundo ano da mais recente era técnica da F1, a equipe buscou as habilidades do ex-designer da Red Bull, Dan Fallows, e nas pistas a expertise de outro campeão, Fernando Alonso, para assumir o lugar de Vettel, que estava se aposentando.

Foi nesse ponto que a operação baseada em Silverstone começou a mostrar o tipo de desempenho que esperava, com o AMR23 saindo na frente nas mãos de Alonso para marcar seis pódios nas primeiras oito corridas da temporada, e ajudando a Aston Martin a subir para um respeitável quinto lugar na classificação do campeonato.

Mas depois de um 2023 relativamente bem sucedido, o que deveria ser o próximo o em 2024 não se materializou. Com seu carro mais recente não atingindo o objetivo com atualizações fracassadas, ela terminou o campeonato com apenas 94 pontos, bem menos que os 280 marcados no anterior.

E enquanto Alonso manteve a consistência, Lance Stroll continuou com um desempenho irregular. O canadense somou apenas 24 pontos na temporada 2024, ficando bem atrás do companheiro, que se segurou no top 10 do mundial de pilotos com 70 pontos, na nona colocação.

Mas a situação só deixou o bilionário ainda mais determinado a não medir esforços para criar uma base forte na busca pelo sucesso.

Além da fábrica de última geração inaugurada em 2023, em Silverstone, e do próprio túnel de vento, a escuderia inglesa também anunciou um acordo com a Honda para utilizar motor da fábrica a partir de 2026, quando deixará de utilizar as unidades de potência da Mercedes.

E ou também a investir pesado na reformulação dos cargos de liderança. A contratação mais expressiva foi a do engenheiro Adrian Newey, conhecido como o “mago da aerodinâmica”, que saiu da Red Bull depois de 20 anos.

Além do projetista, Andy Cowell, Enrico Cardile e Bob Bell são apenas mais alguns dos nomes fortes que vão impulsionar a fábrica daqui para a frente.

O ex-chefe de equipe e atual diretor de pista, Mike Krack, deixou claro que a Aston Martin está de olho nos grandes profissionais que compõem o corpo técnico das rivais para tentar atraí-los para o ambicioso projeto nos próximos anos.

De acordo com o luxemburguês, é preciso “aproveitar as oportunidades” se quiser ser bem-sucedido na Fórmula 1.

“Há algumas estrelas cujos nomes não sabemos e que estão no paddock ou nas fábricas. E é muito importante identificá-las e tentar incluí-las no nosso projeto”, itiu.

Quanto ao embate na pista, a Aston Martin sabe que, se puder dar a Alonso um carro capaz de vencer corridas, ele vai fazer a lição de casa.

Então, o X da questão é construir uma dupla forte de pilotos, ao mesmo tempo em que mantém uma base sólida com a manutenção de Felipe Drugovich como piloto reserva e de testes para a temporada 2025 da Fórmula 1.

Drugovich ocupa o posto desde setembro de 2022 e dividirá a função neste ano com Stoffel Vandoorne, ex-piloto da McLaren na categoria.

Desde então, o brasileiro vem sendo responsável por ajudar no desenvolvimento do carro nas últimas temporadas com testes no simulador e também fez parte de cinco treinos livres, além de ter participado de três testes de fim de ano em Abu Dhabi. Em setembro do ano ado, Drugovich foi escalado pela equipe para sessão de dois dias no circuito de Barcelona, onde foram testados os pneus Pirelli que serão usados na temporada de 2026.

Lawrence já itiu que gostaria de contar com Lewis Hamilton em seus carros. “Você precisa ser louco para não querer Lewis pilotando para você”, disse o magnata em certa ocasião.

Com o heptacampeão descartado diante de sua contratação pela Ferrari, a mostra da ambição e ousadia de Stroll, mudou o alvo para outra super estrela.

Segundo o jornal ‘Daily Mail’, a equipe estaria disposta a pagar 1 bilhão de libras (R$ 7,3 bilhões) para contratar Max Verstappen e romper o domínio da McLaren, RBR e Mercedes na F1.

A Aston Martin pode estar ‘testando as águas’ com esse tipo de ‘vazamento de notícia’, que é uma tática comum em diversas áreas, incluindo a política, para avaliar a reação do público e das partes envolvidas.

Ao espalhar rumores sobre uma possível contratação, ela pode apenas querer observar a reação dos patrocinadores, dos fãs e, principalmente, do próprio Verstappen e sua equipe.

Embora as duas escuderias tenham negado a oferta, o tetracampeão desconversou quando questionado sobre a proposta bilionária. Ele apenas sinalizou com um “que legal”.

Com o empresário Jos Verstappen pressionando a Red Bull para fornecer ao filho um carro vencedor, depois de uma temporada cheia de altos e baixos em 2024, a eventual oportunidade da Aston Martin seria mais do que providencial e tentadora para o holandês, que assim como a equipe britânica, não coloca limites em suas ambições de vencer campeonato.

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