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Audi intensifica processo de transição daSauber para estrear na F1 em alto nível

João Luiz da Fonseca

08/10/2024 18h46

audi

FOTO: ATTILA KISBENEDEK / AFP

Ao anunciar sua entrada na Fórmula 1 em 2026, a Audi não vem para brincadeira. É a primeira vez da renomada marca na F1, depois de ter participado da categoria na década de 1930, mas agora assumindo as operações da Sauber com uma equipe própria.

A “rentrée” marcará o desenvolvimento de um projeto longo, iniciado publicamente em 2022, quando manifestou que entraria na principal categoria do automobilismo com motores próprios.
Assim, antes mesmo da estreia, a marca das quatro argolas começou uma intensa movimentação nos bastidores e a atrair olhares.

Primeiro veio a parceria com a Sauber, que se tornaria a equipe de fábrica da marca alemã. Depois, a definição da compra de 100% das operações da escuderia suíça.

E agora nomes de peso começam a ser anunciados. O piloto suíço Neel Jani foi contratado para desenvolver o carro no simulador.

Andreas Seidl, ex-chefe de equipe da McLaren, assumiu a função de diretor executivo, mas no final de julho foi substituído por Mattia Binotto, ex-chefe de equipe da Ferrari, agora responsável pela istração operacional e esportiva da escuderia alemã.

Na sequência, veio o nome que mais despertou atenção até o momento: Jonathan Wheatley, ex-diretor esportivo da Red Bull, que chega para assumir a posição de chefe de equipe.

Na Sauber, ele reportará diretamente a Gernot Döllner, CEO da Audi AG e presidente do Conselho de istração da Sauber Motorsport AG.

Os discursos estão afinados, e os dois últimos contratados chegam respaldados pela chefia. “Com a nomeação de Jonathan e Mattia demos um o decisivo para a nossa entrada na Fórmula 1”, disse Döllner. “Estou convencido de que com ambos conseguiremos combinar um nível extremamente alto de competência para a Audi. Sua experiência e capacidade irão ajudar a nos estabelecer rapidamente no competitivo universo da Fórmula 1”, completou.

Os os mais recentes reforçam a Audi ambiciosa dentro e fora das pistas. E para consolidar as pretensões, é preciso ficar de olho nos próximos os, especialmente no anúncio de quem vai ser o companheiro de equipe de Nico Hülkenberg e a ocupar o último lugar vago no grid da Fórmula 1 para 2025.

A equipe flertou com Carlos Sainz, mas o espanhol preferiu os planos da Williams. Mick Schumacher e Sergio Pérez já foram cotados e descartados e atualmente a disputa principal para o assento da equipe suíça é entre Valtteri Bottas, Gabriel Bortoleto e Franco Colapinto, sendo considerado também o nome do pra lá de competente Felipe Drugovich.

Mattia Binotto como chefe do projeto de F1, tem a decisão final sobre quem ocupará o segundo assento. Para fortalecer a imagem da marca em sua estreia na F1, ele considera apostar em um jovem talento ou optar pela “experiência”, renovando com Bottas.

O consultor da Red Bull Racing, Helmut Marko, tem certa razão ao afirmar que a eventual escolha em manter Bottas é ‘incompreensível’.

Os números estão aí para respaldar a análise de Marko: em 2024, Bottas ainda não pontuou e ocupa a 22ª colocação do Mundial de pilotos – atrás inclusive de Logan Sargeant, já dispensado. O melhor desempenho do finlandês no ano foi o 13º lugar no GP de Mônaco.

Além do mais, a experiência já tem seu assento garantido na Sauber com Hulkenberg. Dessa forma, os brasileiros Gabriel Bortoleto, de 19 anos, e Felipe Drugovich, de 24, seriam, sem dúvida, opções ideais para a Audi: ambos são promissores, talentosos e com grande projeção dentro e fora do Brasil.

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