A maioria das equipes usará o fim de semana do Grande Prêmio dos Estados Unidos para mostrar o que certamente será o último grande pacote de atualização do ano.
Apesar do intervalo de quase um mês sem corrida ter sido bastante decepcionante para os fãs, será extremamente compensador ver como estarão as performances entre as equipes com seus carros modificados no Circuito das Américas.
Lewis Hamilton diz que tem ado nestes últimos dias “rezando” para que as atualizações programadas para o GP dos EUA tenham um impacto positivo no carro. Pelo menos a Mercedes está confiante de que as alterações irão funcionar.
“Temos um conjunto substancial de componentes novos para o carro que vai para Austin, e esperamos que as alterações nos permitam um fim de semana decente por lá. Então, visamos entregar tudo isso e nos preparar para as últimas corridas do ano”, disse o diretor técnico da equipe, James Allison.
A Red Bull, em particular, fará de tudo para colocar o RB20 de volta ao trilho e injetar vida nova na luta para as etapas finais do campeonato.
E tem que fazer isso porque nas últimas corridas a McLaren deixou claro que é significativamente mais rápida. Ela tem uma vantagem de 41 pontos no campeonato de construtores e parece estar a caminho de um primeiro título desde 1998.
O problema é que, na Red Bull, a atualização nem sempre funcionou. O novo assoalho do carro no GP da Grã-Bretanha foi desenvolvido para resolver problemas, mas só serviu para criar mais.
Não bastassem os perrengues com o carro, ela ainda tem que lidar com o drama no desempenho de seu segundo piloto. Sem trazer resultados ao time, Sergio Pérez segue com sua vaga ameaçada, apesar do contrato até o fim de 2026.
Em nova entrevista, o consultor Helmut Marko afirmou que deseja um jovem piloto da academia taurina ao lado de Max Verstappen na próxima temporada.
Para piorar, a RB, equipe B da Red Bull, já promoveu uma mudança no quadro de pilotos, trocando Daniel Ricciardo pelo jovem Liam Lawson.
Mas voltando às atualizações, a Ferrari também promoveu uma grande mudança em seu carro no GP da Espanha, e, como se viu, as novas peças fizeram seu SF-24 saltar, especialmente nas curvas de alta velocidade e ela teve que dar alguns os para trás para se tornar competitiva novamente.
Agora, a equipe italiana diz que para Austin haverá apenas “pequenas atualizações” e que, embora ainda possua chances de título no Campeonato de Construtores, o objetivo maior é focar no desenvolvimento do carro de 2025, já em andamento.
Geralmente, uma atualização precisa de tempo para ser positivada, e é aí que entra o maior obstáculo.
O fim de semana em Austin não é um fim de semana “normal”, pois inclui uma sprint, o que significa apenas uma sessão de treinos livres para verificar as mudanças feitas, seguida imediatamente pela qualificação.
De fato há permissão para fazer ajustes após a sprint, mas isso também costuma causar mais problemas do que resolver.
Depois de Austin, a F1 vai imediatamente para o México e de lá vem para o Brasil. Serão duas corridas seguidas e com circuito particulares.
O México fica em alta altitude, o que torna o equilíbrio aerodinâmico completamente diferente; e no Brasil será novamente um fim de semana com sprint.
“No geral, nas últimas quatro, cinco ou seis corridas, se você observar, pode ficar muito apertado para realizar melhorias, mas cada detalhe pode fazer a diferença”, avalia o chefe da Ferrari, Fred Vasseur.
De fato, uma derrapada em Austin pode significar um grande desastre nas etapas finais e – por que não? – na luta pelo título.