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GP dos EUA: ritmo forte do SF24 e estratégia perfeita da Ferrari  

João Luiz da Fonseca

21/10/2024 13h48

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Com desempenho irretocável em Austin, Leclerc comandou a dobradinha da Ferrari (Foto: Ferrari)

Se a explosiva venda de ingressos para o GP dos EUA foi motivada pela queda de rendimento de Max Verstappen, que até então estava há oito etapas sem vencer, parecia que o tiro tinha saído pela culatra quando o público lotou as arquibancadas do Circuito das Américas no sábado de sprint, e viu o holandês encerrar o jejum ao chegar na frente, aproveitando uma bela pole cravada no dia anterior.

O triunfo veio sem maiores problemas e aumentou a pressão em cima de Norris. Lando, por sua vez, fazia boa corrida, mas um erro no fim o fez jogar o segundo lugar no lixo, com prejuízo de 2 pontos na tabela, elevando então a desvantagem para 54. 

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Veio a classificação no fim da tarde (à noite para nós aqui) e o piloto da McLaren devolveu o troco da única forma que poderia: com pole. 

A galera que pagou ingresso enfim voltou a se encher de euforia e regressou ao COTA no domingo na expectativa de ver o circo pegar fogo na briga pelo mundial de pilotos.

Dada a largada, o carma de Norris – em não sustentar a primeira posição na volta de abertura – voltou a assombrar o britânico, que perdeu o posto já na primeira curva para Charles Leclerc, vencedor absoluto da prova. 

Lando ainda foi punido em 5s por levar vantagem fora da pista em duelo com o rival, e perdeu o terceiro lugar no pódio e mais três pontos cruciais, elevando para 57 a diferença no campeonato, com o placar agora em 354 a 297.

Inicialmente, a McLaren acreditava que Verstappen seria o investigado, por ter forçado Norris a sair da pista na curva 12, mas os comissários concluíram que ele levou vantagem ao completar a manobra fora dos limites estabelecidos.

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Andrea Stella, chefe da equipe, discordou da avaliação, destacando que ambos os carros saíram da pista durante o incidente. “Nós verificamos o vídeo várias vezes e vimos que o carro defendendo a posição, no caso o de Verstappen, simplesmente vai reto na curva. Os dois carros saem da pista. Se houve vantagem, então foi para os dois”, avaliou Stella.

Protesto registrado, para o público o que afinal valeu mesmo em Austin foi a performance de Charles Leclerc, tão incrível que não há adjetivos suficientes para descrever o show que o britânico deu na pista ao ofuscar o brilho da briga pelo título. 

Ele ditou o ritmo, e no momento de seu pit stop, tinha a vantagem de cerca de 11 segundos sobre o holandês. Leclerc venceu a corrida com dois movimentos importantes: a manobra de largada e o ritmo irreparável no primeiro stint com os pneus médios.

No segundo stint, seu ritmo com os pneus duros foi menos impressionante, mas suficiente para istrar a corrida e garantir a vitória. 

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“Estou muito feliz. Ainda buscamos o título. Falta muito, mas é um bom começo de rodada tripla”, comemorou.

A Ferrari não tinha rivais no Texas. E até Carlos Sainz, revivendo os bons momentos em Baku, voltou a saborear a subida ao pódio, chegando em segundo lugar no Circuito das Américas, para garantir a dobradinha italiana.

Com Verstappen fechando o pódio, a Red Bull ainda viu Sergio Pérez se esforçando ao máximo e conseguir se segurar no Top 10, fechando a prova em 7º lugar. 

Ainda assim, seu  futuro na Fórmula 1 continua sendo um ponto de interrogação. 

Embora o piloto mexicano tenha contrato com a equipe até o final da temporada, há fortes indícios de que sua permanência na na Red Bull pode estar ameaçada e que ele deve anunciar sua aposentadoria já no fim de semana, no Grande Prêmio do México.

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A escolha do GP do México como palco para esse anúncio parece estratégica. Sendo a corrida em sua terra natal, isso daria a Pérez uma despedida honrosa, evitando a conotação negativa associada à uma demissão. Dessa forma, a Red Bull aponta para uma saída respeitosa e celebrar a contribuição de Pérez à equipe.

Vai ter brasileiro na pista

Se para os mexicanos a corrida no autódromo Hermanos Rodriguez poderá ter um tom de despedida, para os brasileiros, o GP do México terá um gostinho especial, uma vez que Felipe Drugovich vai estar na pista, participando do TL1 de sexta-feira. 

Este será o primeiro contato do piloto com o AMR24 no ano, ocupando a vaga de Fernando Alonso na sessão inaugural de 60 minutos. 

No GP da Cidade do México, a Fórmula 1 desembarca com um placar bem alterado depois da 19ª rodada de Austin:

MUNDIAL DE PILOTOS

  • 1) Max Verstappen, 354 pontos
  • 2) Lando Norris, 297 
  • 3) Charles Leclerc, 275 
  • 4) Oscar Piastri, 247 
  • 5) Carlos Sainz, 215 
  • 6) Lewis Hamilton, 177 
  • 7) George Russell, 167 
  • 8) Sergio Pérez, 150 
  • 9) Fernando Alonso, 62 
  • 10) Nico Hülkenberg, 29 
  • 11) Lance Stroll, 24 
  • 12) Yuki Tsunoda, 22 
  • 13) Alexander Albon, 12 
  • 14) Daniel Ricciardo, 12 
  • 15) Kevin Magnussen, 8 
  • 16) Pierre Gasly, 8 
  • 17) Oliver Bearman, 7 
  • 18) Franco Colapinto, 5 
  • 19) Esteban Ocon, 5 
  • 20) Liam Lawson, 2 
  • 21) Zhou Guanyu, 0 
  • 22) Logan Sargeant, 0 
  • 23) Valtteri Bottas, 0 

MUNDIAL DE CONSTRUTORES

  • 1) McLaren/Mercedes, 544 pontos
  • 2) Red Bull/Honda RBPT, 504 
  • 3) Ferrari, 496 
  • 4) Mercedes, 344 
  • 5) Aston Martin/Mercedes, 86 
  • 6) Haas/Ferrari, 38 
  • 7) RB/Honda RBPT, 36 
  • 8) Williams/Mercedes, 17 
  • 9) Alpine/Renault, 13 
  • 10) Sauber/Ferrari, 0  

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