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Analice Nicolau
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Opinião: Ame-se, como você merece ser amada

Analice Nicolau

12/03/2021 8h14

Opinião: Ame-se com você merece ser amada

Como prometi, venho aqui trazer para nossa discussão um tema um tanto quanto polêmico. Você sabe a diferença entre autoestima e auto imagem? Não sei se você tem essa resposta aí na ponta da língua, e infelizmente é muito provável que você não saiba diferenciá-las, por isso eu conversei com a Dra. Vera Saldanha, uma psicóloga, especialista em feminismo que vai explicar sobre essas duas palavras que fazem parte do nosso dia a dia.

Para isso é muito necessário que saibamos de onde surgiu esse conceito de estética. “Lá atrás da Grécia, onde as pessoas valorizavam muito os pensadores e filósofos como Platão, a estética era uma coisa associada ao bom, ao Belo e ao verdadeiro, eles acreditavam que era importante ser bonito e saudável para ter uma mente equilibrada, brilhante.” Porém esse conceito, durante os anos, foi adquirindo questões muito superficiais, perdendo essa essência interior ligada aos valores, princípios e se tornando o motivo da insegurança para muitas mulheres. “Conta a Psicóloga”

Dentro disso, podemos dizer que a autoimagem é a percepção que a pessoa tem daquilo que ela acha que o outro vê nela, ou seja, nossas inseguranças muitas vezes estão ligadas aquilo que nós achamos que estamos mostrando ao mundo, e esse é um sentimento muito perigoso como diz a Dra. Vera “Esta ditadura de uma estética relacionada a uma perfeição, buscar padrões absolutamente não atingíveis é extremamente destrutivo para a autoimagem”. Essa destruição pode resultar em doenças e transtornos como bulimia, ansiedade e obesidade mórbida.

O processo de se auto amar é árduo e requer acima de tudo força de vontade, porém é algo essencial para lidar com todas as responsabilidades da nossa existência como mulheres. Essa luta interna que temos diariamente é explicada pelo fato de que nós lutamos internamente com a guerreira, que luta pelos direitos iguais, e com o eu sensual, que aflora nossa sexualidade e feminilidade, e é nesse ponto que existe o equilíbrio segundo a psicóloga “Nós não precisamos nem vestir um terno nem tão pouco ser só o corpo que seduz, é esse movimento que tem ganhado muita força, o movimento de uma feminilidade consciente “.

Dentro dessa consciência chegamos a definição de autoestima, que se trata do seu eu profundo, das suas vivências, da sua personalidade, maturidade e valores, essa reflexão pode acabar cutucando algumas feridas criadas pelos costumes ultraados em que somos impostos e resignificar essas feridas, que nós conseguimos validar nossa trajetória. Quando atingimos o nosso eu interior conseguimos nos amar, “é uma sensação que traz equilíbrio, que traz energia, que traz inclusive à tona os potenciais do indivíduo” diz a Dra. Vera.

Por isso meu convite hoje é para que você se ame, se ire e principalmente se respeite, você é única pessoa e sabe muito bem de tudo que já ou até aqui, suas lutas, suas conquistas e suas derrotas te tornaram o que você é. Infelizmente o mundo, os estereótipos e a sociedade vão te julgar, mas eles não conhecem a mulher guerreira e poderosa que existe dentro de você. Viva a dor e a delícia que é ser você.

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