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Analice Nicolau
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Brasileiro cria método inovador de ensino de inglês usando inteligência artificial

Patrick Santos, diretamente da Europa, desenvolve técnica que transforma o aprendizado do inglês em uma experiência lúdica, emocional e eficaz – com apoio da IA

Analice Nicolau

22/05/2025 17h00

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Patrick Santos desenvolveu um método que ensina inglês do mesmo jeito que aprendemos a nossa primeira língua: com leveza, repetição e diversão.

Morar fora do Brasil não apenas mudou a vida de Patrick Santos, como também deu origem a um método revolucionário de ensino de inglês. Carioca, ele se viu imerso em uma nova cultura, em outro idioma e, mais importante, em um novo modo de enxergar o aprendizado. O resultado? Um método próprio de ensino, mais ível, afetivo e dinâmico, agora potencializado por inteligência artificial.

“Minha perspectiva sobre aprender inglês mudou completamente com o tempo. Quando morava no Brasil, fiz vários cursos, mas mesmo assim não conseguia realmente falar o idioma”, relembra Patrick. Ele acreditava que o problema era pessoal, mas descobriu que a falha estava nos métodos tradicionais, que priorizam a gramática em detrimento da vivência e do afeto.

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Morando na Europa, Patrick criou um método de inglês que une inovação e educação

A grande virada veio ao observar como uma criança aprende a própria língua – por meio de repetições, histórias, músicas e brincadeiras. “Foi então que me perguntei: por que não ensinar inglês do mesmo jeito que aprendemos nossa primeira língua?”, conta. Essa pergunta norteou a criação de suas aulas, onde o conteúdo é apresentado de forma natural, divertida e conectada com o cotidiano do aluno.

Ele compara sua abordagem à forma natural como as crianças aprendem. “Crianças não começam estudando regras gramaticais; elas aprendem com repetições, brincadeiras, músicas, histórias e imersão. É um processo natural e envolvente. Foi então que me perguntei: por que não ensinar inglês do mesmo jeito?”

Diferencial

O diferencial do seu método, explica Patrick, está justamente na leveza e na imersão emocional. A inteligência artificial entra como aliada estratégica nesse processo: com ela, ele cria cenários interativos e experiências visuais, muitas delas inspiradas em animes – uma paixão pessoal. “Coloco meus alunos em situações do dia a dia, como ir ao mercado ou fazer uma viagem, usando imagens imersivas. Assim, eles não apenas aprendem, mas vivem o idioma de forma emocional”, diz.

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Apaixonado por animes, Patrick usa tecnologia e criatividade para transformar o inglês em uma experiência divertida e afetiva.

Além de desenvolver vocabulário e estruturas gramaticais, o objetivo é atingir o subconsciente, onde a aprendizagem acontece de forma mais profunda. “Quando a aula termina e o aluno me pergunta: ‘Ué? Já acabou?’, eu sei que consegui o que queria”, afirma, revelando que suas aulas são pensadas para serem envolventes – algo fundamental para ele, que convive com TDAH e nunca ou métodos monótonos.

Os impactos nos alunos vão além da fluência. Segundo Patrick, muitos relatam mais confiança, prazer em aprender e até mesmo transformações pessoais. “Não é só sobre aprender inglês. É sobre criar memórias, sensações e conexões reais com a língua.”

Olhando para o futuro, Patrick vê o ensino online como um campo fértil para inovações. “Com a evolução tecnológica, vamos conseguir tornar o aprendizado ainda mais personalizado, intuitivo e divertido”, projeta.

E ao refletir sobre sua própria trajetória, o educador é categórico: “Acho que todo mundo deveria viver uma experiência de imigração, nem que seja por três meses. Sair da bolha transforma tudo – seu olhar, suas ideias, suas prioridades. E o mais bonito: você a a enxergar ainda mais valor no lugar de onde veio.”

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Patrick Santos aposta na inteligência artificial para criar experiências imersivas que tornam o inglês mais fácil.

Para os jovens que, como ele, sonham com oportunidades no exterior, Patrick deixa um recado direto: “O mundo é maior do que parece. E, quando a gente acredita e cria, pode transformar não só a nossa própria vida, mas também a de muita gente.”

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