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Analice Nicolau
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Veganismo cresce no Brasil e 46% da população dispensa o consumo de carne

Alimentos, suplementos, roupas, cosméticos e produtos de limpeza impulsionam o veganismo no Brasil

Analice Nicolau

13/05/2025 17h00

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O veganismo, prática que busca excluir o consumo de produtos de origem animal, tem se popularizado no Brasil. Segundo pesquisa realizada pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC), 46% dos brasileiros com mais de 35 anos deixaram de consumir carne por conta própria ao menos uma vez por semana, enquanto 32% já escolhem opções veganas em restaurantes e outros estabelecimentos.

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Veganos utilizam vitaminas para o apoio de suplementos. (Foto: Freepik)

A adesão ao veganismo é impulsionada por uma maior conscientização sobre os impactos ambientais e éticos do consumo de produtos de origem animal e te, sido responsável por mudar tanto os hábitos alimentares, quanto a escolha de outros produtos no dia a dia.

Com a ascensão desse mercado, os brasileiros interessados em adotar esse estilo de vida encontram roupas confeccionadas com materiais como algodão e linho, cosméticos que trazem em sua composição fórmulas diferenciadas, suplementos alimentares sem origem animal, como ômega 3 vegano de algas, entre outros produtos.

Panorama do mercado nacional

Segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), há algumas décadas cogitava-se que o veganismo não alcançaria um número expressivo de adeptos. No entanto, atualmente, pesquisas mostram que ele já é uma realidade no país.

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selo também é disponibilizado em produtos de higiene pessoal, suplementos alimentares, produtos de limpeza, lavanderia, cosméticos e calçados

A organização explica que esse crescimento é impulsionado por mudanças nas preferências do consumidor, busca por hábitos mais saudáveis, apoio a causas ambientais e uma maior conscientização sobre questões éticas ligadas ao consumo de produtos de origem animal.

Uma forma de entender o mercado é observar o aumento de marcas que atuam no ramo. Conforme aponta um levantamento encomendado pela CNN Brasil ao Ministério da Economia, nos últimos dez anos, houve um crescimento de 500% no número de empresas abertas com o termo “vegano” no nome.

O programa de certificação vegana da SVB também é um termômetro desse crescimento. Desde sua criação, em 2013, o programa Selo Vegano já contempla mais de 3.921 produtos de cerca de 250 empresas parceiras.

Além de alimentos, o selo também é disponibilizado em produtos de higiene pessoal, suplementos alimentares, produtos de limpeza, lavanderia, cosméticos e calçados.

Variedade facilita a adesão

Os adeptos ao veganismo costumam excluir da rotina todo e qualquer produto que tenha origem animal e, para isso, fazem substituições. No campo da alimentação, uma das alternativas mais comuns é a carne vegetal.

A pesquisa “Olhar 360° sobre o Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-based 2023/2024” do The Good Food Institute (GFI) Brasil, realizada com mais de 2 mil brasileiros das classes A, B e C, revelou que 52% das pessoas entrevistadas consideram boa ou muito boa a ideia de consumir carnes vegetais.

Essas proteínas costumam ser feitas de uma mistura de proteínas vegetais – como soja, ervilha, grão-de-bico – que são processadas e preparadas para ter um aspecto semelhante à carne. Segundo informações da Universidade Candido Mendes, estima-se que o mercado das proteínas vegetais movimente, até 2035, entre US$ 100 bilhões e US$ 370 bilhões.

Para complementar a alimentação, os veganos também contam com o apoio de suplementos. Tomar vitamina D3 ajuda a garantir que não haja perda óssea. Já a B12 pode ser necessária pela falta do consumo de carne.

O veganismo também sugere mudanças em outros aspectos da vida que vão além da alimentação. Essas pessoas costumam mudar suas escolhas nas roupas, em cosméticos, em calçados e produtos utilizados na limpeza da casa.

Ainda conforme a Universidade Candido Mendes, o crescimento do mercado vegano deve continuar em alta, motivado pelos mesmos fatores que o fizeram acelerar anos atrás. A instituição aponta que a preocupação com mudanças climáticas, a crueldade animal e a saúde são aspectos levados em consideração pelas pessoas que aderem a esse estilo de vida.

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