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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Arruda em movimento

Arquivo Geral

29/01/2018 7h41

O grupo político do ex-governador José Roberto Arruda (PR/foto) está preocupado com movimentos açodados e descoordenados das forças da direita brasiliense. Na interpretação de personagens na órbita de Arruda, as ações conservadoras têm sido frágeis e sem a cautela devida. Além disso, sempre abrem brecha para o crescimento da esquerda no embate pelo Palácio do Buriti. Foi assim, quando o advogado Ibaneis Rocha se filiou ao PMDB e também no momento em que Jofran Frejat (PR) foi catapultado como pré-candidato. Por exemplo, no caso de Frejat, poucos dias depois do anúncio nasceu a pré-coligação alternativa, capitaneada por PDT, PPS, PSD e PCdoB. Incomodado, Arruda entrou em movimento.

Peso relativo

Ainda pesam sobre os ombros de Arruda as graves acusações da operação Caixa de Pandora. Mesmo assim, ele mantem grande densidade política, seja entre as forças políticas, seja entre os eleitores. Na média das pesquisas de opinião, Arruda preserva patamar mínimo 20% de intenções de voto. Por isso, os partidos de direita têm preocupação de cenários com o ex-governador como candidato ou como o coordenador de campanha. Todavia, não têm receio de tê-lo como estrategista ou captar de votos. Afinal, Arruda não é um político qualquer.

Faíscas

Os movimentos de Frejat geraram atritos com o grupo de Arruda. Pessoalmente não há problema. Politicamente, o atrito é real. Operadores de ambos os lados tentam colocar panos quentes. Mas a fumaça sobre alto.

Estranha sondagem

Apesar de estarem publicamente do mesmo lado, PSB e Podemos ainda não sentaram oficialmente para falar sobre as eleições deste ano. Apenas sondagens flutuaram pelo Palácio do Buriti. Nada mais. Estranhamente, com outras siglas o partido detentor do governo tem construído uma agenda de compromissos, a exemplo do PROS. Fica ainda mais estranho, quando o Buriti articula extraoficialmente com uma ala do PSDB. Mas por enquanto, não há atrito, apenas estranhamento.

Águas de março

O PRB definirá rumos majoritários e proporcionais em março. Assim pensa o deputado distrital Julio Cesar, representante da legenda na Câmara Legislativa, eleito com 30 mil votos em 2014. “O PRB ainda não decidiu quais caminhos e com que caminhará em 2018. Uma vez que estamos observando o cenário político, ouvindo pré-candidatos e filiados. Só em março tomaremos a decisão. Foi por isso que fizemos uam reunião com a Executiva Regional”, afirma o parlamentar.

A coerência de Jarjour

Em franca negociação para filiação com diferentes legendas, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Thiago Jarjour (sem partido/foto), definiu três condições: liberdade de posicionamento, construção de nominata competitiva e possibilidade de trabalho em grupo. Tradução: o pré-candidato a deputado federal pretende apoiar a reeleição do governador Rollemberg (PSB) dentro de uma chapa com reais condições de eleição.

Até o osso

“Sou um político de palavra e lealdade. Não vou virar minhas costas para o governador. Estou no governo há três anos. Se você senta em barco para comer filé, tem que roer o osso também. O governador acreditou e investiu em mim. Fizemos com sucesso a Campus Party, cujos efeitos serão vistos em Brasília no decorrer dos próximos 10 anos. Falando honestamente o governador está sendo injustiçado. Ele foi forçado a fazer um pacote de austeridade. Lá na frente, as pessoas verão que Rollemberg virou a chave para Brasília voltar a crescer. Vou estar no time que vai estar ao lado do governador e lutando para sua reeleição”, comenta Jarjour.

Postura atualizada

Tendo 4 mil votos na eleição ada, Jarjour desfiliou-se do PDT, quando a sigla abandonou a base aliada. Além da revisão do papel do estado e do incentivo ao setor produtivo, defende uma mudança de postura do Legislativo. “A mentalidade da Câmara Legislativa tem que mudar. Sem personalizar por nomes. Ela é um simbolo de vergonha, faz uma política pequena, mesquinha. O grandes problemas da cidade precisam ser enfrentados, independente se a pessoa é da base ou da oposição”, explica.

Novo eixo

O PT não é mais o aglutinador das forças. Não houve rompimento entre nossos partidos. Mas em 2018, o partido que neste momento aglutina é o PDT. Não é o PT”, crava o presidente regional do PCdoB, Augusto Madeira. Por muito tempo, PT e PCdoB foram aliados de primeira hora. Mas neste momento de revisão da política, o PCdoB não quer ficar à reboque do antigo parceiro.

Depois do Carnaval…

…a Câmara Legislativa criará a nova comissão especial de Mobilidade. Em meados do ano, ela ará a ser permanente. A presidência ainda está em aberto.

A vez de Rosilene

De um cacique petista que conhece muito bem o partido: de zero a dez, as chances de Rosilene Corrêa ser a candidata do partido ao Buriti são nove. A chance restante fica por conta de Eugênio Aragão, o procurador que foi por alguns dias ministro de Dilma Rousseff. É visto como candidato de último caso, só para que se tenha alguém na cabeça de chapa. Falta-lhe tanto carisma quanto capacidade de agregar. A possibilidade de uma candidatura de Érika Kokay é vista como zero. Ela não é boba de deixar de lado uma reeleição provável para a Câmara dos Deputados para uma candidatura perdida.

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