Após o deputado Aécio Neves assumir postura contrária à fusão ou integração do PSDB a outros partidos – inclusive ao MDB, visto como preferência sua – cresceu no tucanato movimento pela independência ou pela federação com partido de igual porte.
A federação é vista como ideal, por o partido preserva sua autonomia, mas soma os votos aos demais, de modo a atingir o quociente partidário. Esse movimento rejeita a associação, seja de que tipo for, com o PSD ou o MDB, hoje muito maiores, que terminaria por absorvê-lo. Em outras palavras, o PSDB correria o risco de sumir.
Por isso mesmo a preferência se daria a partidos de porte semelhante, como o Podemos ou o Solidariedade.
Mas, com ou sem federação, o PSDB tem dado sinais de vitalidade. Por exemplo, o senador amazonense Plínio Valério, que era o único tucano da casa, conseguiu a adesão de dois outros senadores, o que lhe dá direito a devolução da liderança e à representação nas principais comissões do Senado, as de Constituição e Justiça e a de Assuntos Econômicos.
De qualquer forma, os tucanos têm tempo para pensar. Até março eles estão federados a um pequeno partido, o Cidadania, o que impede outras aproximações.