Se tem algo que política exige é a paciência. A população pode esperar pela votação da Lei do Silêncio, mantida na pauta desta terça-feira, mas o projeto que extingue a verba indenizatória foi adiado mais uma semana. E o projeto substitutivo da Lei do Silêncio ainda pode ser retirado de última hora, tudo a depender das negociações que entraram a noite de ontem, entre parlamentares e os conselhos Comunitários da Asa Sul e da Asa Norte, o Fórum das Entidades, a Associação de Moradores do Noroeste e prefeitos comunitários da Península Norte e do Lago Sul. Participaram os distritais Cristiano Araújo (PSD), Chico Vigilante (PT) e Joe Valle (PSB) e o secretário-adjunto de Turismo, Jaime Recena.
Sem clima para votação
A aposta de parte dos deputados é de que a nova Lei do Silêncio não a. Durante a reunião com os moradores, na noite de ontem, estudos técnicos foram apresentados para barrar a votação. Os documentos insistem que o aumento do limite de decibéis é um “erro” e faz comparação de Brasília com outras cidades. “Os moradores não aceitam em hipótese nenhuma. Em Minas Gerais, onde foi alterado, já está tendo que ser revisto; portanto, os moradores estão certos e respaldados. Aposto que não se vota, não há clima para isso”, desafia o líder do PT, Chico Vigilante.
Se não fugirem…
Desde as primeiras tentativas, os deputados têm esvaziado o plenário na hora da votação. Sem 13 parlamentares, quantidade mínima prevista, não tem análise. O autor da proposta que tenta a mudança nos decibéis, Ricardo Vale (PT/foto), conta com uma maior disposição dos deputados hoje. “Espero que os deputados distritais estejam aqui amanhã e que a gente vença esse assunto que está em pauta na CLDF desde 2015.”
Correção
Ao contrário do que pôde ser entendido na coluna de sexta-feira, o procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bessa, não enforcou a Seman Santa. Ele estava fora de Brasília, em férias. Bessa volta de viagem com a família e deve comparecer a sessões ainda esta semana.
Obras por terminar na pauta do GDF
O Governo do DF apresentou o balanço do mandato. O governador garante que até o fim do mandato terminará a obra do Hospital da Criança e a da Estação de Captação e Tratamento do Corumbá.
Secretário discute com servidora
O secretário de saúde Humberto Fonseca (foto) usou a redes sociais para avisar da nomeação de 1485 servidores para a pasta. Foi logo criticado por seguidores, que disseram preferir reajuste salarial do que novas contratações. “O certo é arrumar a casa antes… pague o que deve.” Sem titubear, o secretário retrucou e chamou a seguidora de egoísta: “Sua majestade, o umbigo.”
Frente Cristã e Joe Valle negociam
A Frente Cristã conversou ontem com o pré-candidato ao Buriti e presidente da Câmara Legislativa, deputado distrital Joe Valle (PDT). A conversa teve um objetivo: definir as reais condições de uma aliança. O grande ponto de interrogação é o fato de o PDT ter lançado a pré-candidatura oficial do parlamentar para o GDF. E a frente definiu que não existe protagonista definido para o posto. A prosa não foi conclusiva. Vale agora consultará Rede, PPL e PCdoB, partidos que já estão muito perto do PDT. Além disso, deverá levar a questão para a militância do partido. Também participaram da reunião o senador Cristovam Buaque (PPS) e o também pretendente ao GDF e presidente regional do PTB Alírio Neto.
Movimento majoritário de Nemer não afasta PO
Ao descartar a reeleição, o presidente regional do PP, deputado federal Rôney Nemer, abriu a possibilidade de uma candidatura majoritária para vice-governador. Por outro lado, o empresário Paulo Octávio (PP), busca uma cadeira no Senado, tendo a benção do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira. Hoje grande parte dos partidos torce o nariz para dois nomes majoritários em alianças. “Em 2006, na eleição do Arruda e minha, nós eramos do mesmo partido. Tudo bem então, vamos lá”, minimiza PO. Segundo o empresário, dois nomes majoritários podem agregar mais votos dentro de uma composição bem planejada.
