A incerteza sobre uma candidatura Lula trouxe uma preocupação adicional para o PT do Distrito Federal. É que o simples lançamento do nome de Lula funciona para puxar votos para a legenda. Sem ele, a mobilização dos eleitores, por definição, se reduz. É um peso para a montagem de chapas. O quociente eleitoral para deputado federal, no DF, chegou a 181 mil votos na eleição ada. O número de eleitores saltou de 1,9 milhão para 2,008 milhões e pode superar 2,08 milhões até a votação. As projeções indicam, portanto, que o quociente eleitoral será superior a 200 mil. Na eleição ada, a deputada Érika Kokay obteve sozinha 92 mil votos. Somando-se todos os votos de candidatos petistas a federal chegou-se a 187 mil. Caso não houvesse coligação, o partido aria raspando pelo quociente – e a chapa incluía pesos pesados como o então deputado Roberto Policarpo, o ex-secretário Rafael Barbosa e o ex-presidente da Câmara Legislativa Sidney Patrício. Desta vez, acredita-se, a nominata petista estará ainda menos vitaminada. Sem coligações, mesmo a inegável pujança eleitoral de Érika será insuficiente para ultraar a barreira do quociente.
Agora, vale também para a Câmara Legislativa
Na eleição ada, com o quociente para distrital em 63,5 mil, o PT foi um dos poucos partidos a não se preocupar com a chapa. Coligou com o PP porque foi forçado pelas necessidades políticas e ainda reclamou por ter supostamente perdido uma cadeira para o novo aliado. Desta vez, com o quociente em torno dos 70 mil, o jogo fica mais perigoso. É que, dos cinco distritais que o PT chegou a ter, só dois estarão na chapa, Chico Vigilante e Ricardo Vale, que somaram 31 mil. Wasny de Roure, o mais votado, concorre ao Senado. Chico Leite e Cláudio Abrantes deixaram a legenda. É verdade que devem ser candidatos Arlete Sampaio e Geraldo Magela. Um alívio. Mesmo assim, pode ser que, mesmo para deputado distrital, uma boa coligação seja recomendável.
Podemos conversar, Rollemberg?
Pré-candidato ao Palácio do Planalto, o senador Álvaro Dias (Podemos/PR) planeja conversar com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Segundo o deputado distrital Rodrigo Delmasso (Podemos), o parlamentar paranaense quer prosear sobre uma possível aliança nacional na disputa eleitoral, onde os socialistas apontariam o nome para a vice-presidência. Conforme a evolução da conversa, composições regionais poderiam ser desenhadas. Obviamente, tudo pode mudar, caso do PSB consiga lançar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, como pré-candidato.
Truco!
O deputado distrital Robério Negreiros (PSDB) foi além na comemoração após a condenação em 2ª instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Porto Alegre). Nas redes sociais, o parlamentar puxou uma mão com zap, sete de copas e espadilha. E na satira do duelo ideológico entre a esquerda e a centro direita, o parlamentar não teve dó. Bateu na mesa de mão cheia.
Professores e orientadores
O deputado distrital Regionaldo Veras (PDT) participou do protesto do Sindicato dos Professores (Sinpro) em frente ao Palácio do Buriti na a tarde de ontem. Os manifestantes cobraram uma nomeação massiva de educadores e orientadores educacionais. “A pauta é que o governo faça um número significativo de nomeações. Por documentos da Secretaria de Educação, a carência é de 2 mil. Mas, extraoficialmente, recebemos a informação de que as próximas nomeações serão muito abaixo desse número. Parece que o GDF vai chamar 40 orientadores, quando a carencia é de cerca de 650. Serão 648 professores. Só a aposentadoria na área de atividades no ano ado foi de mil profissionais. Então é absolutamente insuficiente o número de nomeações que o GDF quer fazer. Sem contar outras áreas como monitor e secretário escolar, que a previsão é pequinissima”, protesta o parlamentar.