Estreou neste domingo (15), na HBO, a série de The Last of Us, um dos jogos mais icônicos de todos os tempos, vencedor de vários prêmios. A história tem como protagonistas Joel e Ellie, vividos por Pedro Pascal e Bella Ramsay, respectivamente. A adaptação tem sido umas das mais esperadas, e não à toa conseguiu derrubar o streaming na hora de sua estreia. Poderiam ter se preparado melhor, hein, HBO?!
Com nomes de peso na produção, como Craig Mazin, vencedor do Emmy por melhor roteiro com a série Chernobyl (incrível, fica aqui minha recomendação). E nada melhor do que envolver pessoas que fizeram parte do game, foi o caso de Neil Druckmann, o roteirista do jogo.
Sabemos que uma adaptação de jogo pode ser muito criticada e não agradar os fãs, como foi o caso da série de Resident Evil, que saiu completamente da linha dos jogos. Mas nós, fãs de games, sabemos que existe uma linha muito tênue: ao mesmo tempo em que não queremos que seja mais do mesmo, somos receosos quanto a mudanças.
A HBO conseguiu nos agradar. Víamos o cuidado com os detalhes desde os trailers e confirmamos isso no primeiro episódio. Intitulado de ‘Quando Estiver Perdido na Escuridão’, com 81 minutos de duração, nos foi apresentado todo o contexto necessário para quem já conhecia a história, mas também para quem nunca jogou The Last of Us. Além da explicação do “responsável” pelas transformações, também mergulhamos na rotina dos personagens antes do evento que inicia o que de fato se trata a história.
Conhecemos mais sobre a Sarah, filha de Joel, e os vizinhos, que não são apresentados com muitos detalhes no jogo, mas que, na série, há um background de ambos e sua relação, nos dando uma visão mais profunda e importante para a imersão do que viria mais à frente. É também por termos mais tempo de conhecê-los melhor que prestamos mais atenção em detalhes como cenário e até mesmo as roupas usadas pelos personagens. O que me chamou bastante atenção foi a casa de Joel e a camiseta da Sarah, que foram fielmente reproduzidos.
É claro que cenas icônicas não poderiam ser feitas de outras maneiras. Sim, estou falando da incrível morte de Sarah, onde podemos ver o quão fiel foram ao reproduzi-la na série. Fora a entrega absurda de atuação do Pedro Pascal e da Nico Parker, né?!
Outro fator que abrilhantou e deixou todos satisfeitos foram os diálogos exatamente iguais.
Vinte anos se aram. Este é o pulo temporal depois da morte de Sarah. Nesse ponto, já entendemos que Joel se tornou outra pessoa depois da morte de sua filha. Isso fica claro na cena em que é preciso jogar corpos infectados para carbonizar e que há um garotinho no meio deles, onde Joel leva sem emoção alguma, em contraste com sua “colega” de trabalho, que disse que não conseguia fazer aquilo.
Mudanças nos pontos certos! A série agradou por agregar e deixar a história mais imersiva e de melhor entendimento para quem estivesse tendo o primeiro contato com The Last of Us. Me refiro às explicações, como a do início, e à apresentação de personagens mais cedo na trama, caso da própria Ellie. É o ponto forte desta produção, que nos faz ter a sensação de que tudo foi pensado com muito carinho e que houve a busca por trazer à tela uma experiência que agradasse a todos.
Eu já quero que essa semana e voando para que chegue logo domingo e eu veja o próximo. Se tudo caminhar bem como no primeiro episódio, podemos estar diante de mais um enorme sucesso da HBO.