Na fase que antecedeu a sua estreia no Campeonato Nacional, em 1973, o Ceub disputou vários amistosos contra equipes consideradas fortes do Rio de Janeiro, Minas Gerais e de Goiás, principalmente. Um desses amistosos foi a vitória por 3 x 2 contra o América-MG (foto), o campeão mineiro-1971, placar que não teria sido mais cômodo, segundo a imprensa esportiva brasiliense da época, porque a arbitragem teria contribuído para um vexame menor do visitante.
Choradeiras à parte, o jogo foi disputado no 8 de julho de 1972, sem informação sobre público pagante – os jornais só disseram ter sido pequeno, e a renda de Cr$ 4 mil e 800 cruzeiros, a moeda da época, deixando suspeitas de umas quatro mil pessoas no estádio Pelezão.
A vitória ceubense foi considerada causa de sua melhor apresentação “dos últimos tempos”, superando, inclusive, o comportamento da rapaziada nos empates com Cruzeiro-MG e Flamengo-RJ. A Acadêmica, como tentaram apelidar o time da Asa Norte de Brasília, dominou a maior parte do prélio em que promoveu a estreia o centroavante Walmir, lançando-o pela ponta-direita, durante o primeiro tempo. Mesmo fora de sua posição, ele marcou um gol muito bonito – o ponteiro-esquerdo Dinarte e o meia Cláudio Garcia, ex-Fluminense, marcaram os outros tentos do time azul-laranja.
Os gols saíram na fase final, tendo a pintura de Walmir começado com ele apanhando a bola, pela esquerda da intermediária americana, partindo para o ataque e servindo Cláudio, que a devolveu pela alturas da risca da grande área. Dali, Walmir bateu, forte, para o canto esquerdo da baliza defendida pelo goleiro Nego: Ceub 1 x 0. Aos 15 minutos, o ceubense César caiu dentro de sua área fatal, tenho a bola batido em uma de suas mãos, sem ele ter como evitar o choque. O convidado árbitro Hélio Cosso, da Federação Mineira de Futebol, marcou pênalti, que Didinho cobrou e empatou o match: 1 x 1. Aos 18 minutos rolou confusão na área fatal americana, Augusto cedeu escanteio e Dinarte cobrou, marcando gol olímpico: Ceub 2 x 1. Aos 27, César sofreu falta perto da grande área dos visitantes, Cláudio Garcia cobrou e acertou a rede pelo ângulo superior esquerdo da baliza, deixando Nego estatelado ao chão: Ceub 3 x 1. Aos 46, Noel cedeu escanteio e Eli diminuiu e fechou a conta: Ceub 3 x 2 – animador para o amistoso contra o argentino Estudiantes, de La Plata, no primeiro jogo internacional ceubense (ver abaixo).
Comandado por Carlos Morales, o Ceub alinhou: Elizalo; Aderbal, Oliveira, Noel e Serginho; César, Renê e Cláudio; Walmir, Hermes (Marco Antônio) e Dinarte. O América-MG, treinado por Raulino Medeiros, teve: Nego; Augusto (Ademir), Misael, Luís Augusto e Cláudio; Pedro Omar, Didinho e Lima; Merola, Hélcio e Zé Carlos Generoso (Juca Show). O árbitro mineiro Hélio Cosso foi auxiliado por Aníbal Blanche e Ademar Pereira, ambos da Federação Desportiva de Brasília.
Quanto ao (citado acima) primeiro jogo e, também primeira vitória internacional do Ceub, este rolou no 30 de julho de 1972, apitado por Edson Benitez, no Pelezão, com os ceubenses mandando 3 x 1 Estudiantes, de La Plata-ARGr. No entanto, o visitante – campeão da Taça Libertadores-1968/69/70 e mundial interclubes/1968 – atuou com time de maioria reservas – Flores, Del Curto, Churdo (Zabala), Recabarren e Martínez; Cardone (Gilli) e Carregado; Garay (Alegre), Moirano, Giachello (Carnero) e Suarez -, o que pouco importou para a torcida candanga, que preferiu exaltar as sua rapaziada – Zé Walter; Aderbal, Cláudio Oliveira, Noel e Serginho; Renê e Paíca; Walmir, Hermes, César e Dinarte (Marco Antônio) e os gols marcados por Walmir, aos 8; Hermes, os 35, e Dinarte, aos 41 minutos – o visitante fez o dele, aos 58, der pênalti, cobrado por Carregado.