1916 – disputava-se, em Buenos Aires, o primeiro Campeonato Sul-Americano de Futebol (atual Copa América). Jogavam os anfitriões argentinos e o Chile. Árbitro da partida? O brasileiro Sidney Pullen, jogador do meio-de-campo da Seleção Brasileira. Esquisito? Tempos do amadorismo.
1919 – o Brasil promovia o Campeonato Sul-Americano e o Chile foi o último colocado. O time daquele país veio por navio e decidiu voltar de trem. Ao chegar à fronteira com a Argentina, na cidade de Mendoza, ao pé das Cordilheira dos Andes, tempestade de neve impediu a sua delegação de prosseguir viagem por aquele meio de transporte. Sem problemas: os chilenos arrumaram mulas e partiram para Santiago. Chegaram em casa 40 dias depois de terem saído do Rio de Janeiro – castigo pela lanterninha do torneio.
1949 – A Seleção Brasileira tinha seis vitórias, em seis jogos do Campeonato Sul-Americano, que se disputava no país. Jogava pelo empate, com o Paraguai, no estádio carioca de São Januário, para ficar com o caneco. Tesourinha abriu o placar, mas, no segundo tempo, os paraguaios viraram para 2 x 1. O treinador brasileiro chamava-se Flávio Costa.
1950 – A Seleção Brasileira tinha quatro vitórias e um empate na Copa do Mundo e decidiria o título, com o Uruguai, precisando só empatar. Friaça abriu a conta, mas os uruguaios viraram, para 2 x 1, tudo isso no segundo tempo. O treinador brazuca chamava-se Flávio Costa.
1968 – a Itália promovia o terceiro Campeonato Europeu de Seleções (atual Eurocopa). Na semifinal, contra a favorita União Soviética – campeã em 1960 e vice em 1964 -, segurou 0 x 0 no tempo regulamentar e na prorrogação. Como o regulamento previa sorteio para se decidir quem seguiria adiante, os capitães dos dois selecionados – Shesterniov e Facchetti – tiraram a sorte no cara ou coroa. Pedindo coroa, o italiano ganhou e a Azzurra foi para a final, contra a Iugoslávia.
1969 – a seleção húngara, tendo como principal atração o atacante Albert, que chegou a jogar amistosos, como convidado, pelo Flamengo (foto/E), veio ao Brasil disputar três partidas. Trazia todos os titulares do sucesso na Copa do Mundo da Inglaterra, como Bene e Farkas, que estiveram em Hungria 3 x 1 Brasil, no Goodson Park, em Liverpool, no 15 de julho de 1966. Por aqui, no entanto, a Hungria não conseguiu terminar nenhum jogo na frente do placar. Contra o São Paulo, em 25 de janeiro de 1969, no Morumbi, inaugurou a conta, chegou aos 2 x 1, mas terminou nos 2 x 2. A seguir, no Mineirão, em Belo Horizonte, cinco dias depois, abriu 2 x 0 sobre o Atlético-MG, mas não segurou a onda e ficou em novos 2 x 2. Por fim, foi a Recife e levou dois gols do Sport-PE, na Ilha do Retiro, em 2 de fevereiro. Virou para 3 x 2 e acabou nos 3 x 3. Portanto, diante de brazucas, os húngaros fizeram mais sucesso na terra dos Beatles