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Histórias da Bola
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Turma dos Bálcãs no balcão da Copa

Seleção Brasileira tem vantagem pra cima da gente que vai encarar daqui a pouco

Gustavo Mariani

09/12/2022 9h03

Quem pesquisar a história eslava indo-europeia meridional vai chegar à Iugoslávia, país formado por gente de Sérvia, Croácia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro. Existiu na região dos bálcãs, surgido, em 1918, após a primeira Guerra Mundial, e obtendo reconhecimento internacional, em 1922, séculos depois que o povo que a formou foi dominado pelos impérios otomano e austro-húngaro. Em 1923, esteve invadida pelo Eixo (Alemanha, Itália e Japão); em 1944, aboliu a monarquia e tornou-se membro da chamadas “cortina de ferro” liderada pela então União Soviética comunista.

No futebol, os atletas da Iugoslávia eram chamados por “os brasileiros da Europa”, por serem muito habilidosos. Inclusive, amistosamente, no três de junho de 1934, em Belgrado, a capital deles, nos mandaram 8 x 4. Mas em 18 confrontos, a vantagem é nosso: 13 vitórias, além de seis empates. Em Copas do Mundo, estivemos “olhos-nos-olhos” em quatro oportunidades: 1 x 2 Iugoslávia (1930); Brasil 2 x 0 (1950) e 0 x 0 (1974). Podemos, malandramente, colocar mais duas vitórias nisso aí, por conta dos 2 x 0 Sérvia do 27 de junho de 2014 e do mesmo placar no recente 24 de novembro, pelo Mundial Qatar-2022 – e aumentar a vantagem, neste 9 de dezembro, diante da Croácia. Afinal, se eles não são mais iugoslavos, são eslavos meridionais. Confere?

Pois bom! Esta patota sob o crivo da antiga Iugoslávia boa de bola já rolou a “maricota” em Brasília por duas vezes. no demolido Estádio Pelezão. Da primeira vez, pelos inícios das década-1970, levou 3 x 0 do Ceub, que tirou dos trilhos o Zeljeniscar (Ferroviário, na tradução). Bela noite! Com cinco minutos, ouriço pra cima deles: o meia Péricles Carvalho bateu na rede. E foi só da etapa inicial. A rapaziada. No entanto, botou pra quebrar no segundo tempo, com Carlos Eduardo visitando o ”filó”, logo aos dois – Xisté fechou os trabalhos do garoto do placar, aos 43 minutos do jogo apitado por Osvaldo dos Santos, auxiliado por Cid Marival e Antônio Barbosa. Ceub do dia: Valdir Appel; Lauro, Pedro Pradera, Adevaldo e Rildo (Odair); Alencar, Péricles (Rogério) e Xisté; Gilberto, Juraci (Carlos Roberto) e Land (Julinho). O Zeljeniscar alinhou: Ibrahimovic (Janius); Derakovic, Becirspanic, Bratic, Saraecvic, Spasojevic, Kojovic, Lusic, Hodzic (Maric), Vjaski e Serbo.

O segundo pega contra eles rolou em 29 de junho d 1977, diante de menos de uns 18 mil pagantes. Foi um amistoso duríssimo – e primeiro jogo internacional do Brasília Esporte Clube, que só caiu aos 14 minutos da etapa final, durante escanteio que rolou rebote para Rajkovic marcar o gol do jogo. Apitado por Édson Rezende de Oliveira, nesta pugna o Brasília alinhou: Norberto “Mão-de-Onça”, Fernandinho (Sidney), Jonas “Foca”, Luís Carlos “Calica” e Newton; Wel Pinho, Moreirinha (Edmar) e Ernane Banana; Julinho Rodrigues, Léo “Fuminho” e Nei (Jair Soares), treinados por Airton Nogueira. A Iugoslávia alinhou: Katalinic, Vujkov, Stojkovic, Zajec e Rajkovic; Bogdan, Zavisic e Petrovic; Savic, Muzinic e Surjak, dirigidos por Marko Valok.

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