Adotar as posturas apropriadas para cada situação é ideal para sermos bem-sucedidos na vida. Um simples comportamento inadequado em uma negociação, por exemplo, pode gerar falta de confiança e descredibilizar suas habilidades. Por isso, se você quer obter sucesso nos negócios, gerar boa impressão aos seus liderados e influenciar pessoas, que tal começar pela postura?
Quando decidimos apostar em entregar a melhor versão de nós mesmos, colhemos os frutos dessa escolha. Aqui vão algumas dicas:
- Coluna reta: nada de ficar corcunda, girando ou deitado na cadeira enquanto fala;
- O queixo deve ficar na linha de igualdade com o interlocutor. Nem acima, nem abaixo (já que para cima denota soberba, e para baixo, medo e insegurança);
- Conexão ocular é importante para demonstrar segurança no conteúdo, valorizar e criar conexão com quem está presente. Desviar o olhar para outras direções irá denotar desinteresse pelo interlocutor — mirar os olhos para baixo, por sua vez, demonstrará insegurança e fuga.
- Um sorriso também é sempre bem-vindo, já que fazemos parte de uma cultura que adora o riso. Além disso, sorrir libera hormônios como serotonina e endorfina, responsáveis pelo prazer e bem-estar, e diminui níveis de cortisol e adrenalina, hormônios que causam estresse;
- Fique atento ao “tec tec” da caneta (quando se bate o objeto em alguma superfície, como mesa ou parede). Isso torna-se um ruído de comunicação, dispersando a atenção de quem estiver presente, além de denunciar insegurança, medo e até pânico;
- Atenção às posturas de fechamento. Quando propomos uma conversa, nosso corpo precisa estar conectado a essa sugestiva. Não é assertivo, por exemplo, cruzar os braços ou colocar as mãos nos bolsos. Isso cria uma barreira entre você e o ouvinte, gerando uma impressão de que você não está aberto ao diálogo, tem pontos discordantes, ou está inseguro e ansioso. Se de fato quer entregar a sua melhor versão, descruze os braços, tire as mãos dos bolsos e deixe-as à vontade para gesticular e manifestar boas intenções e trocas;
- Por falar em gesticulação, é muito importante gesticular enquanto se conversa, apresenta uma reunião ou faz uma palestra. A gesticulação denota tranquilidade e fluidez e desperta a atenção do espectador. Mas atenção aos excessos: tudo precisa ser coerente, natural e fluido. Se houver exageros, o interlocutor poderá perder o interesse na informação, afinal, os gestos são extensões da fala;
- Fique atento também quanto ao gesto do campanário (ou cúpula do poder, numa linguagem mais popular). Esse gesto é muito utilizado por intelectuais, oradores e palestrantes, mas da maneira correta. O campanário invertido é muito polêmico e sempre gera buxixos nos bastidores. Numa linha bem tênue, se invertido, o gesto se tornará ofensivo e vulgar. Mas você não quer ser pego de surpresa fazendo-o sem perceber, por isso, tenha consciência do uso exato para não correr o risco de virar meme.
Em 2008, o professor e jornalista Kleiber Beltrão (o maior narrador esportivo do Distrito Federal e ex-assessor do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso), trouxe o significado do gesto do campanário utilizado de forma correta e também de maneira inadequada, que é quando giramos o triângulo formado com os dedos na direção do interlocutor. Neste sentido, o gesto ganha outro significado, que é considerado extremamente obsceno, ofensivo e vulgar. E muitas vezes, o fazemos de maneira inconsciente, por descuido e também por não saber o que representa. Por isso, preste muito atenção quando for utilizar o gesto do campanário/cúpula do poder. Ele em direção ao seu queixo será extremamente assertivo, gerando um cenário de autoridade e poder.

Sempre que for se expor, atente-se a entregar sua melhor versão: coluna reta, conexão ocular, gesticulação, sorriso e nada de ‘tec tec’ da caneta.