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As crianças são ingênuas, autênticas e até excêntricas devido à pouca experiência de vida, tudo é novo e há um universo a ser explorado, descoberto. Isso contribui para um comportamento legítimo, curioso, impulsivo e corajoso por natureza. Não obstante, alguns pequenos apresentam fobia social, na qual o medo, a vergonha e a timidez os impedem de crescerem desenvolvendo habilidades comunicacionais, tornando-se adultos retraídos, arredios, traumatizados e com problemas moderados e/ou severos de enfrentamento ao público. O resultado disso é um forte impacto na personalidade e até no destino desses indivíduos. Por conseguinte, o quanto antes essa predisposição de fobia social for observada, mais rápido o responsável pela criança poderá intervir.
O medo desproporcional e persistente de uma pessoa, também chamado de fobia simples, se enquadra nos transtornos de ansiedade e está entre os mais comuns na infância. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) da Associação Americana de Psiquiatria, a grande maioria dos transtornos de ansiedade tem início na infância e precisa ser diagnosticada e tratada de forma adequada para que não persista na idade adulta.
Quando uma criança se comunica bem por ter uma linguagem clara, fluida, assertiva, e é desinibida, comunicativa e bem-humorada, a tendência é que desenvolva ainda mais essa habilidade conforme for crescendo. Entretanto, na maioria dos casos, esse perfil autêntico vai se perdendo, e o jovem, tornando-se arredio, tímido e até ansioso. E quanto menos pessoas do seu ciclo íntimo estiverem envolvidos em suas aparições e performances de fala, mais ele se retrai, tornando-se cada vez mais envergonhado.
É preciso se adaptar a falar em público com frequência. Quanto mais propormos os pequeninos a essas situações, mais eles vão se familiarizar com este cenário e ganhar confiança e domínio de palco e da plateia, fazendo disso uma rotina . O maior problema é que na infância há pouco ou nenhum incentivo neste sentido, e enfrentar um cenário novo sem preparação, com dezenas, centenas ou até milhares de pessoas observando, será desafiador em qualquer fase da vida.
Lara Amaral, 9 anos, é natural de Sobradinho-DF, mas hoje vive em Uberlândia-MG. Desde os dois anos de idade, ela já tinha uma vida social ativa, fazendo teatro, dança e oração na igreja. Já era acostumada com o microfone. Além disso a presença assídua da mãe em todas essas atividades, aliada ao apoio de outros membros da família, contribuiu bastante para fortalecer a confiança dela em se comunicar.

A psicóloga e psicoterapeuta de adultos e adolescentes Ana Moniz diz que “há muitos adultos que não têm problemas em falar em público”. “E não é porque não tenham a capacidade biológica de sentir medo, é porque desde crianças foram habituados a contar as opiniões deles, a falarem ao jantar, a se dirigirem aos adultos de igual para igual no sentido de serem ouvidos e de poderem dar opiniões”, explica a profissional. “O papel dos pais e dos professores pode ser determinante para as crianças saberem lidar com o medo de falar em público quando crescerem”, completa.
Como combater o medo de falar em público?
- Tenha conscientização clínica: busque diagnósticos, origens e níveis;
- Identifique as emoções e questione: por que tenho medo nessas situações? Por que sinto que não consigo? Por que me sinto tão mal quando tento? Será que posso diminuir o estado de tensão aqui?
- Identifique as reações fisiológicas: tremor, taquecardia, sudorese, boca seca, movimentação rápida e desastrosa, “branco”, disfonia, entre outras;
- Submeta-se a uma exposição gradual do estímulo fóbico;
- Confronte as situações ansiogênicas ao invés de fugir delas, desenvolvendo assim uma autoconfiança diante daquele estímulo que lhe causa aversão;
- Enfrente o desconforto sabendo que todos am por isto, que posso lidar com isto, e que vai ficar tudo bem;
- Fortaleça o relacionamento com os pais através de diálogo.
A comunicação tem um papel relevante na socialização. Crianças e adolescentes que não conseguem se expressar ou defender seus argumentos desde a infância podem enfrentar problemas na sala de aula e, futuramente, na vida pessoal e profissional.
O objetivo de ensinar uma criança a falar em público é fazer desta experiência algo habitual, mesmo que ela não se sinta à vontade. Confrontar essas situações causadoras de ansiedade e medo ajudará a extinguir reações adversas exageradas. É um processo gradativo, mas que precisa começar.
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