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Os privilégios do rapport consciente

Saiba mais sobre a técnica de conexão que transforma relacionamentos

Luana Tachiki

01/10/2024 5h00

Atualizada 30/09/2024 23h41

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A origem da palavra “rapport” vem do francês e significa “trazer de volta” ou “criar uma relação”. Esse conceito, amplamente utilizado na psicologia e na comunicação, tem como objetivo estabelecer uma conexão genuína entre duas ou mais pessoas durante uma interação. A técnica do rapport facilita a criação de empatia, afinidade e reduz a resistência nas conversas, sendo especialmente eficaz em ambientes profissionais, como vendas, marketing e relações internacionais.

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O conceito de rapport ganhou força com o desenvolvimento da Programação Neurolinguística (PNL) na Califórnia, nos anos 1970, por Richard Bandler e John Grinder. Esses estudiosos investigaram como as emoções influenciam o comportamento humano, o que explica, por exemplo, porque pessoas com afinidades tendem a adotar atitudes semelhantes. Mas o que acontece quando nos comportamos de forma parecida com alguém que mal conhecemos? Foi a partir desse tipo de reflexão que o rapport surgiu como uma estratégia para criar essas conexões instantâneas.

Mais do que apenas “espelhar” gestos ou comportamentos, o Rapport envolve empatia, reciprocidade, confiança e cooperação. O propósito é estabelecer vínculos profundos, seja no ambiente profissional ou pessoal, promovendo relações de confiança mútua.

Como aplicar o rapport?

Telefonemas
Sempre chame a pessoa pelo nome. Se o nome for difícil de pronunciar, peça para ela repeti-lo e mostre interesse. Repetir o nome ao longo da conversa reforça a sensação de proximidade. Outro aspecto crucial é ajustar o tom de voz, ritmo, sotaque e volume ao da outra pessoa. Se o interlocutor fala de maneira calma e tímida, por exemplo, responder de forma muito acelerada ou em tom alto pode causar desconforto. A ideia é criar harmonia, não contraste.

Reuniões
Em encontros formais, concordar com os termos usados pela outra pessoa ou repetir palavras-chave cria uma sensação de sintonia. Exemplo: “concordo que o ‘posicionamento’ seja a melhor estratégia para lidar com essa questão”, reforçando o termo utilizado anteriormente.

WhatsApp
No ambiente digital, o rapport pode ser criado ao usar os mesmos emojis ou repetir expressões usadas pelo outro. Isso fortalece o entendimento e reforça a conexão. Por exemplo, se alguém diz: “precisamos agendar pessoalmente para resolver isso”, você pode responder: “agendar pessoalmente, como sugerido, é uma ótima ideia!”.

Encontros
Ao se encontrar pessoalmente com alguém, observe e reproduza os gestos da outra pessoa de maneira sutil. Se ela estiver inclinada para frente com os braços cruzados, faça o mesmo. Além disso, procure encontrar interesses em comum. Por exemplo, se você descobrir que a pessoa adora viajar, pergunte sobre os destinos que ela visitou e, se possível, compartilhe experiências similares. Isso cria uma conversa mais leve e envolvente, fortalecendo a confiança.

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Um exemplo notável de alguém que domina a técnica do rapport é o ex-presidente Barack Obama. Em várias situações, ele foi visto aplicando essa estratégia para gerar confiança e afinidade em seus encontros, obtendo resultados positivos em suas interações.

No entanto, é essencial que o rapport seja aplicado com naturalidade. Quando parece forçado ou excessivo, pode ter o efeito oposto, causando desconforto. A chave está na discrição: evite exageros para que a técnica funcione de forma sutil e eficaz, sem soar como uma imitação mecânica. Afinal, ninguém quer ser visto como alguém que está “espelhando” a outra pessoa de forma artificial ou, pior ainda, como um comportamento manipulador.

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