Uma postura adequada é sinônimo de confiança, segurança, autoestima, maturidade e qualificação. Basta observar a postura dos medalhistas olímpicos para se convencer disso. A postura corporal é crucial para demonstrar firmeza e, muitas vezes, até intimidar os adversários. Uma postura leve, natural e segura transcende em grandes competições, denotando inteligência emocional, essencial para qualquer competição. Sem ela, quem está diante do público pode perder tudo.
A compostura é válida para inúmeras situações de avaliação, como entrevistas de emprego, reuniões de negócios, palestras, apresentações importantes e competições de atletismo, como os Jogos Olímpicos.
Vamos vislumbrar momentos memoráveis das Olimpíadas de Paris 2024? Essas posturas servirão de motivação e inspiração para qualquer performance que envolva público, considerando a pressão surreal enfrentada pelos atletas olímpicos.
Rebeca Andrade, a maior medalhista olímpica do Brasil, é um exemplo de postura campeã. Demonstrar foco durante as competições é vital; nada pode roubar a atenção. Distrações, como comentários nas redes sociais, expectativas e críticas, elevam o nível de tensão, comprometendo a performance. O ideal é desligar-se de tudo e focar apenas no que precisa ser feito. Após a entrega, independentemente do resultado, vem o alívio para chorar e reconectar-se com o mundo, inclusive digital. Antes disso, foco total. Rebeca disse: “Orei muito para que tudo desse certo, não tivesse queda, lesão… só falta o solo, foco, vamos lá.” E o resultado foi um show de postura, performance, sorriso, leveza e naturalidade.

Beatriz Souza, na categoria 70kg+ do judô, apresentou uma postura serena, tranquila e natural. Ela não apostou numa postura intimidadora, pois a tranquilidade já é o nível máximo de segurança e confiança.
Na competição por equipes do judô, o desempate ficou com Rafaela Silva (57kg+), que entrou no tatame com “sangue nos olhos”. Ela queria decidir no sorteio de desempate e entrou extremamente focada, com uma postura intimidadora. Marcou o waza-ari, garantindo o bronze para o Brasil e uma medalha inédita.

Caio Bonfim, medalhista olímpico, carrega uma história incrível de superação. Ele enfrentou discriminação durante os treinos e superou as dificuldades da última Olimpíada em Tóquio, onde saiu das competições em cadeira de rodas. Em Paris 2024, subiu ao pódio com a medalha de prata na marcha olímpica, demonstrando uma postura de campeão que fez história.

William Lima trouxe a primeira medalha dos Jogos de Paris 2024, mantendo a ansiedade e o nervosismo sob controle. Ele se concentrou nas técnicas e na entrega geral. Após a conquista da medalha, a explosão emocional foi válida, pois o momento de extravasar é após a performance, não antes.
Larissa Pimenta trouxe leveza, firmeza, naturalidade e foco. Ela afirmou: “Independente do talento e esforço, você tem que querer e nunca desistir. O esporte é sacrificante, mas vale a pena pela evolução pessoal e pelo orgulho de superar os desafios.”

Rayssa Leal representou leveza, tranquilidade, naturalidade e ousadia no momento certo. Já com o pódio garantido, ela ousou ar sua mensagem: “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6). Esse gesto poderia ter trazido uma punição pela Comissão Olímpica Internacional (COI), mas não rendeu nada além de especulação da imprensa mundial. Isso demonstra a força de suas convicções e sua postura inabalável aos 16 anos, uma atleta promissora.

A equipe de ginástica artística do Brasil fez história ao conquistar a primeira medalha olímpica por equipes. A postura impecável de cada atleta, o foco e a determinação estavam evidentes em cada finalização. Merecido pódio, além de terem feito história.

A equipe de judô também fez história ao conquistar a primeira medalha por equipes na modalidade. A apresentação foi marcada por muita determinação, foco, garra e concentração.
A postura transcende, é o que aparece, o que se vê. Por trás da postura impecável existe um domínio emocional gigantesco, autoconhecimento, convicção de vitória, identidade inabalável e confiança na dedicação e técnica. Toda essa inteligência emocional reverbera numa linguagem corporal impecável, digna de pódio e medalhas.