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Brasília

Estiagem favorece ataques de abelhas; saiba como agir

No último mês, o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) atendeu duas ocorrências envolvendo ataques de abelhas

Redação Jornal de Brasília

21/05/2025 17h17

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Com a chegada do período de estiagem no Distrito Federal, aumentam os focos de queimadas no Cerrado — e, com eles, também cresce a migração forçada de animais silvestres para áreas urbanas. Um dos reflexos mais preocupantes desse desequilíbrio ambiental é o aumento dos ataques de abelhas. Sem abrigo em seus habitats naturais destruídos pelo fogo, enxames buscam novos locais para se instalar, o que pode gerar episódios de estresse e agressividade.

No último mês, o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) atendeu duas ocorrências envolvendo ataques de abelhas. Uma delas ocorreu em Samambaia, no canteiro central da rua em frente à Paróquia São João Evangelista, na altura da Quadra 207. A outra foi registrada na Rua 6 do Setor Colônia Agrícola 26 de Setembro, em Taguatinga. Em ambos os casos, as vítimas precisaram ser hospitalizadas.

Diante do aumento desses incidentes, a Agência Brasília divulgou orientações readas pelo CBMDF sobre como agir — e, principalmente, como evitar situações de risco envolvendo abelhas.

O que fazer em caso de ataques

A principal recomendação é não provocar colmeias ou enxames. Segundo os bombeiros, mexer ou tentar remover abelhas pode fazer com que elas se sintam ameaçadas, desencadeando ataques em grupo. Caso uma colmeia esteja em área residencial ou pública e represente risco à população, o telefone 193 deve ser acionado.

Se o ataque já tiver começado, a pessoa deve evitar movimentos bruscos, especialmente com as mãos próximas ao rosto, e se afastar o mais rápido possível, buscando abrigo em ambientes fechados, como casas ou veículos. Após se proteger, deve-se ligar para os bombeiros.

Em caso de picadas, o indicado é lavar o local com água fria e aplicar compressas geladas. Mas, se houver sintomas como falta de ar, inchaço na garganta ou tontura, o atendimento médico deve ser imediato.

O que não fazer

Entre os erros mais comuns está tentar remover o ferrão com os dedos ou pinças. O ideal é usar um objeto rígido, como um cartão, para raspá-lo da pele — pressionar pode aumentar a quantidade de veneno injetado.

Também não se deve, sob hipótese alguma, usar produtos inflamáveis ou objetos cortantes para tentar eliminar uma colmeia. De acordo com o tenente Éber Silva, do CBMDF, esse tipo de atitude pode causar acidentes ainda mais graves, como quedas ou até incêndios. “As situações podem evoluir rapidamente, e a pessoa acabar se machucando mais do que se estivesse apenas evitando o local”, alerta.

Abelhas em casa: o que fazer?

Em áreas com vegetação abundante, é comum que abelhas escolham locais próximos a casas para formar colmeias. Caso não apresentem risco iminente — por estarem distantes da circulação de pessoas ou serem espécies nativas sem ferrão —, o indicado é acionar um apicultor para remoção adequada. Já em situações de risco, os bombeiros podem ser acionados para avaliar o caso.

Importante lembrar que a destruição de colmeias ou a captura de abelhas sem autorização são proibidas pela Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). A proteção das abelhas é essencial para a manutenção do equilíbrio ecológico do Cerrado, bioma no qual muitas espécies vegetais dependem da polinização para sobreviver.

“O equilíbrio ecológico depende muito das abelhas”, reforça o tenente Éber. “Sem elas, entramos em um desequilíbrio climático.”

Por fim, o CBMDF destaca que atua apenas em ocorrências emergenciais e não realiza atividades de prevenção ou monitoramento. Em caso de emergência, o número 193 deve ser acionado.

Com informações da Agência Brasília

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