Na madrugada deste sábado (9), um acidente aconteceu na Esplanada dos Ministérios, em frente ao anexo do Palácio do Planalto, por volta das 4h. Tayna e Lucas, um casal de policiais militares, saiu de uma festa na Ascad, o Festival das Luzes, depois de uma discussão. O trajeto, que deveria acabar somente em casa, foi interrompido antes.
Durante o percurso, Lucas, tenente da PMDF que trabalhava na Estrutural, puxou a arma dentro do carro, o que acarretou em um acidente. Segundo Tayna, os dois desembarcaram do veículo e entraram em uma luta corporal, já que ela tentava desarmar o namorado.
Tayna, que trabalha no Batalhão de Cães, pediu ajuda, mas Lucas, de apenas 25 anos e recém-formado na PMDF, conseguiu se desvencilhar e atentou contra a própria vida. A policial foi levada ao Hospital Brasília, mas sem ferimentos graves.
Este é só mais um caso dentre tantos que acontecem na PMDF. Em dados divulgados em setembro de 2021, mês de campanhas para evitar esses acontecimentos, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que 65 policiais militares atentaram contra a própria vida.
Essa preocupação é constante, e só aumentou ao ar dos anos. Além de problemas relacionados ao trabalho, família, estresse e condições financeiras, um alto índice de policiais com dependência química acaba procurando ajuda nas salas do Centro Médico da PM.
Em novembro de 2018, buscando auxiliar seus agentes, a Polícia Militar do DF lançou o Programa de Valorização da Vida, em que policiais com 10 anos ou mais de farda devem ar por uma bateria de exames psicológicos.
Além disso, há o Programa Sentinela, em parceira com a ala religiosa da corporação, pelo qual agentes são capacitados a identificar comportamentos perigosos dos colegas e aconselhar ou relatar ao comandante direto possíveis riscos de suicídio.
