Maria do Socorro da Conceição de Assis é do tipo de pessoa que acredita que a vida só vale a pena quando conseguimos praticar boas ações. A senhora, de 61 anos, trouxe de volta o sorriso e a alegria a Pedro Arthur Borges, menino de três anos que perdeu sua cadela, Meg, no dia 7 de abril. O Jornal de Brasília contou a história, que sensibilizou internautas brasilienses nas redes sociais. Isso porque Pedro tem paralisia cerebral e o bichinho de estimação o ajuda em seu desenvolvimento.
Na tarde da última sexta-feira, após semanas em busca do dono de Meg, Maria da Conceição conseguiu cumprir sua missão e levou Meg até o menino, que considera a cadelinha da raça maltês sua grande companheira.
Abandono
Doze dias atrás, Conceição viu uma cadelinha suja, com fome, sendo espancada por um rapaz bêbado, e não pensou duas vezes: “Eu a trouxe na hora para dentro de casa e falei para o homem que chamaria a polícia. Ela estava tremendo, tadinha. É um absurdo”, exclama, emocionada.
Foram dias cuidando da cachorrinha, que se apegou à família. A senhora, no entanto, sabia que ela era uma cachorra especial e deveria pertencer a uma criança. “Ela ficou muito apegada às minhas netas. Sabia que era uma cachorra de uma criança. Algumas pessoas até vieram buscar e dizer que a Meg era delas. Não acreditei. Só ia entregar quando a visse feliz”, conta.
A neta de Maria da Conceição achou um cartaz falando de uma cadelinha desaparecida, em uma lotérica, e logo viu que aquela era Meg. Foi então que a menina avisou a mãe e a avó. “Ligamos na mesma hora para tirar a prova. A dona falou para chamá-la de Meg e ela latiu e abanou o rabinho. Já sabíamos que tínhamos encontrado os verdadeiros donos”, lembra Conceição.
A mãe de Arthur, Bárbara Michelli Borges, não acreditava quando recebeu a ligação. “Foi uma emoção quando me falaram que tinham achado a Meg. Afinal, ela deu uma nova razão à vida de Arthur. Com ela, ele ou a se movimentar melhor, a ter alegria mesmo. E ele sempre me pedia: Mamãe, traz a Meg de volta?”, lembra, comovida.
A família mora em Samambaia, mas Meg tinha, de fato, desaparecido no Areal. Isso porque a família resolveu viajar e deixar a cadelinha na casa da prima. “Foi quando ela fugiu e nós ficamos desesperados. Fizemos cartazes, divulgamos no Facebook…”, diz Bárbara, ao lembrar dos momentos de desespero.
Reencontro
Assim Maria fez o telefonema, toda a família foi em busca da cachorrinha. A cadela correu para os braços de Arthur. “Meu filho está tão feliz. É bom saber que ainda existem pessoas de bom coração nesse mundo”, emociona-se o pai, Erasmo Ferreira Viana.