Menu
Brasília

Samba no pé e no eixo 

Com uma agenda variada a 107 norte recebe todo domingo o Samba no Eixo

Amanda Karolyne

15/07/2024 5h00

img 3193

Foto: Jornal de Brasília/Amanda Karolyne

A variedade cultural encontrada nos 14 km da via que corta Brasília de norte a sul, se estende para o Samba no Eixo. O evento acontece todo domingo na 107 norte e agora está com uma programação nova a cada edição. No próximo domingo (21), o espaço recebe o cantor Tyayro e o Bloco Pimenta. Para o último domingo do mês, dia 28, terá apresentação da cantora Dhi Ribeiro. 

A médica Natália Lemos Chaves, 28 anos, gosta de ar os domingos no Eixão do Lazer, fazendo uma caminhada e depois, de colocar a canga no gramado e curtir um sambinha. “É muito bom poder curtir o resto do dia do domingo e ouvir música boa”. 

img 3174
Natália Lemos Chaves e seu cachorrinho Oreo. – Foto: Jornal de Brasília/Amanda Karolyne

Mesmo não morando perto do Eixão, Natália faz questão de se deslocar para lá.  Principalmente por ser uma opção com várias possibilidades e ser ível.  “Eu posso ficar à vontade, trazer minha cadeira, minha canga, meu cachorro Óreo”. Para ela, estar no Eixão do Lazer é o necessário para revigorar as energias e começar uma boa semana. 

A enfermeira Thalya Lima, 26 anos, faz várias atividades no Eixão do Lazer, como o Yoga ao ar livre, que ela fez pela primeira vez nesse último domingo. Mas uma das coisas que mais gosta é do Samba no Eixo. “Eu gosto de correr no Eixão também, mas gosto mais de ficar sentada escutando a música e olhando para o céu”. Para ela, é importante ter essa tranquilidade no final de semana, já que os dias são tão corridos normalmente. 

E agora que ela se mudou para mais perto da Asa Norte, ela está frequentando o Samba no Eixo com mais assiduidade. “Venho com a família e amigos para cá”. Thalya estava acompanhada de Ana Beatriz de Carvalho, 26 anos, assistente óptica, que se encantou com o projeto depois de ter o conhecido na semana anterior. Ela gostou do Samba no Eixo, por ser um ambiente muito legal para trazer a família toda, inclusive as crianças. “É importante sentir segurança no lugar, para nós que temos filhos pequenos”. Outro atrativo para Ana Beatriz, é que não é necessário consumir as coisas no lugar e o eio sai mais barato por isso. “Nós podemos fazer um piquenique com o que trouxemos de casa mesmo”.

img 3168
Isabela Santos, Ana Beatriz de Carvalho, Paulo Mota, crianças Enzo e Sofia, e Thalita Lima. – Foto: Jornal de Brasília/Amanda Karolyne

Esse domingo (14), foi o primeiro dia em que Larissa Ribeiro Monteiro e a equipe de uma da barraca Pimenta do Acarajé, participaram do Samba no Eixo. “Apesar de ainda estarmos pegando o ritmo, o movimento aqui está ótimo”. Larissa considera que eventos assim são muito importantes para a cultura local, mas também para gerar renda. “Porque querendo ou não, isso traz algo diferente para a cidade”. 

img 3187
Larissa Ribeiro Monteiro, Larissa Espinosa e Romulo Costa, equipe da barraca Pimenta do Acarajé presente no Samba do Eixo. – Foto: Jornal de Brasília/Amanda Karolyne

Além disso, ela acredita que o público é muito amplo, mas o problema é o o ao Eixão que não é fácil para todas as pessoas. “Acaba que é mais focado para quem mora aqui. E seria interessante levar esse tipo de evento para outras cidades também”. 

Espaço de samba e democracia

A produtora cultural Thais Mariano está à frente da organização do evento há dois meses.  “É um projeto bem bacana, desde que eu assumi a organização, estamos fazendo algo bem bacana e que não vai atrapalhar os moradores da região”. Thais explica que o movimento dos comerciantes nas stands do Samba no Eixo funciona com os custos divididos igualmente para todos.  “É um espaço bem democrático e bem legal”. 

Como produtora de eventos, Thaís acredita que a cultura sempre vai agregar muito e ela acredita que isso que o Eixão do Lazer tem, não existe em nenhum outro lugar fora do DF. “É gostoso demais, eu adoro receber amigos de fora de Brasília e trazer para o Eixão, que é uma opção gratuita de lazer muito importante para cultura de Brasília”.  

A nova programação do Samba no Eixo vai funcionar em modo de rodízio e contou com o Grupo de Samba Canto das Pretas e com a artista Carol Nogueira no último domingo (14). Carol já se apresentou em outros gramados do Eixão, como por exemplo no Choro no Eixo, mas foi a primeira vez que “conduziu a roda” como ela mesma disse. 

img 3165
Foto: Jornal de Brasília/Amanda Karolyne

“Domingo é dia de Eixão”, brinca.  Para ela, essa iniciativa traz a possibilidade de todo mundo poder curtir, independente de ter dinheiro ou não. “Dá para trazer os cachorros, os filhos. Tem atividade para as crianças, tem cerveja gelada, tem churrasco”, cita. “O Eixão é um encontro de amigos”. A artista ainda acrescenta que o evento é um meio importante também para divulgar o trabalho. “Para a galera de Brasília saber que tem um samba raiz gostoso na região. E é ótimo porque o público está participando muito, cantando junto, pedindo música. E para nós artistas isso é um presente”.  

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado