A despedida da maior lenda da história do atletismo não terminou como todos previam. Como em um roteiro de cinema, a última cena surpreendeu a todos. Usain Bolt recebeu o bastão e, nos últimos 100 metros de sua carreira, acabou sentindo uma lesão na coxa e não completou a prova de 4x100m no Mundial de Londres.
A Grã-Bretanha terminou a prova na primeira colocação, levando os torcedores ao delírio. Equipe a ser batida, os Estados Unidos da América, com a estrela Justin Gatlin, terminaram na segunda colocação. O Japão, ficou com a medalha de bronze.
Bolt finaliza sua participação na última competição da carreira com apenas uma medalha. O Raio foi bronze nos 100m livres, sua principal prova, e terminou na última posição dos 4x100m. A lenda de 30 anos, mesmo com a lesão, foi ovacionada por torcedores, narradores e companheiros. Todos queriam participar de algum modo da despedida do homem mais rápido do mundo por quase 10 anos.
Dono de oito medalhas olímpicas, 14 conquistas em Mundiais e uma máquina de quebrar recordes, Bolt foi o principal nome da prova que estava reservada para sua despedida, mas por um motivo incomum em sua trajetória. Ainda pela manhã, o jamaicano ajudou sua equipe a garantir classificação à final. Esta foi a primeira vez que Bolt participou da fase classificatória da prova.
Sempre bem humorado, Bolt se mostrou alegre logo no corredor que dá o ao estádio. Quando colocou seus pés na pista de corrida, os famosos “dabs” foram realizados pelo atleta. Companheiros de Bolt, McLeod, Forte e Yohan Blake acompanhavam o mito.
Quando foi dada a largada, o silêncio tomou conta do Estádio Olímpico. Segundo principal nome da equipe jamaicana, Yohan Blake não correu bem na última curva e ou o bastão de forma atrasada para Bolt, que teve que forçar sua ada e acabou sentindo uma lesão, quando ainda estava na terceira colocação. O adeus de uma das maiores lendas do esporte acabou sem medalha, mas com o respeito de todos os adversários, companheiros e torcedores.