Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos demais acusados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, por tentativa de golpe apresentaram suas defesas ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (6).
A defesa de Bolsonaro alega que não há na denúncia de Gonet provas que o conectem diretamente à tentativa de golpe e tentam enfraquecer a colaboração feita por seu ex-ajudante de Ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. É muito pouco provável que as alegações da defesa de Bolsonaro sensibilizem os ministros do STF. Então, ela a a se basear em outros pontos:
o fato de o julgamento acontecer na Primeira Turma e a participação do ministro Alexandre de Moraes. Novamente, as chances de sensibilizar o Supremo são poucas. No caso, a estratégia parece ser mais a argumentação política do que jurídica, no sentido de levar partidos, parlamentares e parte da opinião pública a considerar que Bolsonaro é vítima de um processo injusto, visando avançar o projeto de anistia ou um futuro indulto concedido por um próximo presidente de direita. É a análise de Rudolfo Lago, no JBrNews de hoje.