Quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino reuniu representantes do governo e do Congresso para discutir uma forma de tornar mais transparentes e rastreáveis as emendas Pix, ele comentou que em algum momento estouraria um novo escândalo do orçamento.
Não foi por outra razão que ele suspendeu a liberação das emendas. A primeira ponta do novelo do novo escândalo parece ter estourado esta semana. O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, denunciou os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gil (PL-MA) como integrantes de uma “organização criminosa” destinada a desviar recursos orçamentários.
Não apenas pelo alerta de Flávio Dino, era um escândalo anunciado. Levantamento da Transparência Brasil revela que menos de 1% das chamadas emendas Pix informam quem é o autor da emenda, a finalidade da verba e o seu destino. Ou seja, as emendas não são transparentes nem rastreáveis, o que abre uma imensa possibilidade para irregularidades. Como explicam Alexandre Jardim e Rudolfo Lago.