O Brasil 1 larga amanhã para seu último grande desafio na edição 2005/2006 da Volvo Ocean Race. A partir das 13h30, em Portsmouth, os competidores partem para a oitava perna da regata de volta ao mundo rumo a Roterdã, na Holanda. Segundo o navegador holandês Marcel van Triest, o começo da perna terá menos vento, pelo menos no primeiro dia.
Com esta perspectiva, o comandante Torben Grael espera que o percurso de 2.700km, dando a volta na ilha da Grã-Bretanha, previsto para ser completado em cinco dias se multiplique.
“A organização fala em cinco dias, mas estou me preparando para uma semana. Na travessia do Atlântico, esperávamos uma semana e terminamos com 11 dias no mar. Essa expectativa não é legal, então é sempre bom esperar o cenário mais longo”, diz Torben.
O frio, grande inimigo dos brasileiros até agora, continuará a atacar. “Se já estava frio na travessia, agora será ainda pior, já que vamos para latitudes ainda mais altas”, lembra Horacio Carabelli, coordenador técnico do Brasil 1.
Lutando por uma posição no pódio no final da competição, o Brasil 1 ainda tem chance de chegar ao segundo lugar, posição ocupada por Piratas do Caribe/EUA, mas a tripulação sabe que é uma tarefa complicada. “Acho que, agora, temos que lutar para ficar na frente do ABN 2, que está mais perto. Sete pontos e meio em duas pernas e uma regata local é muita coisa”, afirma o bicampeão olímpico Marcelo Ferreira.
O time holandês, porém, não está tão confiante assim. Mesmo apenas 3,5 pontos atrás dos brasileiros, o francês Seb Josse, comandante do ABN 2, não acredita em uma virada. “Temos chances, mas é difícil. É sempre bom lembrar, o Torben tem cinco medalhas olímpicas…”, lembra o francês.