Os tripulantes do Brasil 1 partem amanhã para a sétima perna da Volvo Ocean Race, entre Nova York e Portsmouth (Inglaterra), animados pelos últimos resultados na competição. Desde o início da regata, em novembro, os brasileiros não tinham uma seqüência tão boa.
O time foi o segundo colocado na regata local em Baltimore e depois, na sexta etapa, de Annapolis a Nova York, terminou na terceira posição, conquistando seu quarto pódio. "Esses dois resultados seguidos dão ânimo novo. Principalmente porque agora subimos também na colocação geral. Estamos em quarto lugar, empatados com os holandeses. amos um tempão na quinta colocação e ver que estamos nos recuperando é sensacional", diz o comandante Torben Grael.
Um dos motivos para essa recuperação é o entrosamento da equipe. "Nas últimas etapas, estamos finalmente acertando e velejando muito bem, sem erros. Sempre confiamos no barco e temos certeza que ele é rápido, mas não estávamos velejando bem. Agora, estamos escolhendo os lados certos, acertando as manobras. Isso faz diferença", afirma o timoneiro João Signorini.
A confiança é ainda maior quando se lembra que durante metade da perna o barco velejou com uma armadilha de pesca presa à quilha. "Psicologicamente, foi muito bom. Antes de tirar as linhas, víamos os outros barcos chegando e ando muito rápido. Largamos tão bem e perdemos as posições rapidamente. Mas quando liberamos a quilha, todo mundo acendeu de novo", declara André Fonseca, que mergulhou para cortar as linhas.
A sétima etapa terá 3.200 milhas náuticas, aproximadamente 5.900 km, atravessará o Atlântico Norte e tem chegada prevista em oito dias. "Pode ser uma etapa bem rápida, se encontrarmos as condições ideais. Esse trajeto é histórico e tenho certeza de que a organização o colocou lá para quebrarmos o recorde", diz Signorini.