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Judô feminino quer classificar equipe inteira para Pequim 2008

Arquivo Geral

26/09/2006 0h00

O judô feminino estreou como categoria olímpica competitiva nos Jogos de Barcelona/92. Foi a única vez que o país conseguiu disputar a competição com uma equipe completa entre as mulheres. Nos Jogos Pan-americanos Rio-2007, uma das integrantes do grupo que representou o país na Espanha tem como desafio repetir a história e classificar a equipe feminina completa para os Jogos de Pequim-2008. Só que desta vez, a ex-judoca Rosicléia Campos não estará em cima do tatame, lutando pelo resultado, mas ao lado, como técnica da equipe.

"Nosso objetivo em 2007 é classificar em todas as categorias para 2008", define. Como o Pan-americano é um dos torneios que soma ponto para o ranking internacional de classificação olímpica, um bom resultado em casa será fundamental para as pretensões da equipe.

Após o primeiro teste na mudança de rota: o Campeonato Pan-americano realizado na Argentina, em maio, as meninas do judô estão otimistas. Tradicionais freguesas das cubanas, as brasileiras sentiram outro tipo de expectativa das adversárias após as primeiras lutas. "Elas se assustaram conosco", diz a técnica, comemorando a nova imagem do grupo. "Não é que nós perdemos o respeito pelas cubanas, mas a gente conseguiu conquistar nosso respeito".

Em Buenos Aires, todas as lutas foram decididas no golden score e a seleção brasileira ficou em segundo, atrás apenas das cubanas. "Tecnicamente nós somos melhores, mas Cuba ganhava da gente no vigor físico", compara Rose, que confessa ter sempre sofrido por esta situação.

"Eu queria chorar quando via a cubana derrotar a Priscila", lembra, referindo-se aos combates entre as pesado Yusirel Laborde, de Cuba, e Priscila Marques. Consciente desta situação, a comissão técnica priorizou o trabalho físico no início da temporada e quebrou barreiras até culturais para colher os primeiros frutos.

Para realizar este trabalho, as judocas nacionais não participaram do circuito europeu, o que rendeu alguma insatisfação imediata. Mas com a evolução nos resultados, a situação mudou. "No começo elas ficaram ressentidas", confessa a técnica. "Eu disse para elas que para ficar na minha equipe tem que ser campeã. Nosso objetivo era o Pan e atingimos, ficando atrás apenas de Cuba. Não quero nenhuma top model, nenhuma Gisele Bündchen. Se precisar vai ficar todo mundo marombado", sentencia.

Cumprida esta etapa, as atenções voltam-se para a seletiva da seleção, dia 9 de dezembro, quando serão definidas as candidadas à vaga nos Jogos Pan-americanos. A exemplo do masculino, o feminino também irá selecionar duas atletas por categoria. A dupla será enviada, alternadamente, para correr o Circuito Europeu e quem tiver os melhores resultados vai para o Pan. Em caso de empate técnico, será feita uma disputa entre elas.

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