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Nova geração da ginástica brasileira é ainda melhor, diz dirigente

Arquivo Geral

13/09/2006 0h00

Todo o sucesso de Daiane dos Santos, Daniele e Diego Hypólito, Laís Souza e Mosiah Rodrigues, entre outros, ainda é pouco perto do que pode vir. De acordo com a supervisora técnica da Confederação Brasileira de Ginástica, Eliane Martins a nova geração que está sendo preparada para os próximos anos deve ser melhor ainda e colocar o Brasil de vez entre as grandes forças da ginástica mundial.

“A probabilidade do nível técnico dos novos ser maior é muito grande. Essa nova geração chegou com tudo pronto, sem problemas de estrutura física, de aparelhos, médicos, fisioterapeutas, etc… Além disso, eles têm os modelos dos mais velhos”, aponta Eliane.

A dirigente pinta um quadra otimista para a modalidade no Brasil. “Nós temos um grupo bastante jovem e a evolução está cada vez melhor. O nível técnico dos atletas progride dia a dia. Daqui para frente a gente ainda vai ter ginastas ainda melhores que as meninas que foram para Atenas”, garante.

Apontada pelo técnico Oleg Ostapenko como a grande aposta para as Olimpíadas de 2008, Laís Souza, de 17 anos, é a “novata mais experiente”. Questionada sobre o assunto, ela apontou o bom clima na seleção permanente entre os mais velhos e os mais novos como fator fundamental.

“Quando eu cheguei, a Daiane, a Camila a Dani me ajudaram bastante. Na verdade é um clico, pois elas ensinam a quem chega, aí quando sair a gente fica para ajudar as mais novas ainda”, explica. “Temos um clima bem família: a gente se dá super bem, mas brigas também acontecem”, brinca.

Capaz de executar o famoso duplo-twist carpado, Jade Barbosa é outra jovem promessa. Na disputa do Nacional, em agosto, ela venceu o individual geral juvenil com quase dois pontos a mais que Daniele Hypólito, campeã da prova adulta. “Geralmente você vê as maiores treinando no ginásio e tanta imitar. Até o técnico fala para a gente olhar para elas”, comenta a ginasta.

Ela, porém, dá um recado: não quer saber de comparações no futuro. “Eu ainda não percebo muito estas coisas. Treino para mim e quero que as pessoas coloquem expectativa em cima de mim, até porque ainda falta muito para eu conseguir alguma coisa. Evito as comparações, mas não posso fazer nada. Para frente eu acho que vai até incomodar bastante”, comenta a atleta.

Eliane, por sua vez, dá até data para o estouro definitivo dos novos nomes. “Nós temos dentro da seleção permanente: a seleção adulta e as juvenis. Então elas estão sendo preparadas para Pequim. O trabalho está sendo feito desde 2005 visando as Olimpíadas”, explica.

Até lá, Laís prefere não rechear a torcida com expectativas. “É ótimo você receber um elogio do Oleg, que é experiente e já viu várias ginastas crescerem e até ganhar um Mundial. Mas para mim, só de chegar na Olimpíada já foi e vai ser alguma coisa”, garante.

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