O brasileiro Valdemir “Sertão” Pereira já sabe quando poderá recuperar o título mundial do peso pena da Federação Internacional de Boxe (FIB). O pugilista afirmou hoje que a revanche contra o norte-americano Eric Aiken, para quem perdeu o cinturão em maio, deve acontecer no dia 9 de setembro.
Sertão esperava pela revanche desde que conheceu sua primeira derrota na carreira – até então, eram 23 combates e 23 vitórias, com 15 nocautes. “Fiquei uma semana quase sem dormir, só pensando na luta. Quando pegava no sono, acordava dando murros”, conta o pugilista. “Até acertava umas porradas na minha mulher durante a noite”, sorri.
O duelo entre Sertão e Aiken foi bastante polêmico. A vitória do norte-americano só foi decretada após o juiz desclassificar o brasileiro alegando quatro golpes baixos. Sertão, porém, diz que acertou apenas um soco abaixo da linha de cintura e acusa o adversário de falsidade.
“Na primeira, eu realmente o acertei. Depois ele ficou simulando. Deixou o calção quase no peito e qualquer soco perto da barriga que eu acertava ele logo fingia que foi golpe baixo. Para mim, o juiz estava mal intencionado. Ele não falou uma palavra para mim antes da luta”, afirma Sertão.
A revanche ainda não tem local certo. O empresário do pugilista, Servílio de Oliveira, pretende trazer a luta para o Brasil, mas ressalva a dificuldade. “Para ser no Brasil vai depender de uma série de coisas, principalmente patrocínio, porque luta valendo título do mundo é muito caro”, explica.
Precavido, Servílio preferiu não confirmar a luta ainda. “Na verdade, estamos em negociação. Fui até Porto Rico participar de uma convenção da FIB e as coisas estão bem avançadas”, afirma o empresário. “Levei a fita da luta e a posição da FIB é que realmente foi uma situação antagônica para o Sertão. Eles itiram que o árbitro foi injusto na decisão que tomou e que a luta pode acontecer nesse período. Temos até o dia 13 de setembro para realizar a revanche”, completou.
Servílio disse ainda que é preciso chegar a um acerto com o promotor Arthur Pelulo, que trabalha tanto para Sertão quando para Aiken. “Está todo mundo entusiasmado, mas eu ainda não tenho o martelo batido. Preciso esperar”, diz, cauteloso.
O filho de Servílio e treinador de Sertão, Pitú, também já considera a revanche marcada. E garante que a luta será no Brasil. “Meu pai vai conseguir que seja aqui nem que tenha de vender a casa”, exagera. “Esse cara vai vir aqui e vai apanhar muito”, garante.
