O procurador investigado por envolvimento em um esquema que teria movimentado cerca de R$ 350 milhões em fraudes fiscais usava a sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para se reunir com vítimas e ar credibilidade, segundo a Polícia Civil.
Na última terça-feira (20), cinco pessoas foram presas suspeitas de integrar a organização criminosa. De acordo com as investigações, o grupo oferecia serviços de consultoria tributária de forma irregular, utilizando indevidamente dados de contribuintes da Receita Estadual para praticar fraudes fiscais.
Entre os detidos estão, além do procurador, um auditor fiscal da Secretaria da Economia, uma tabeliã e seu marido, além de uma advogada de Goiânia.
A Polícia Civil esclareceu que a Alego não tinha conhecimento da utilização do espaço para esses encontros, que não estavam relacionados às atividades institucionais do procurador. O uso do local, segundo os investigadores, foi feito de maneira clandestina para transmitir uma falsa imagem de legitimidade.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos cerca de R$ 190 mil em dinheiro na residência do procurador, além de joias e um veículo. No total, a operação executou 15 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Acreúna, Edéia, Paraúna e Goianésia. As autoridades também determinaram o bloqueio de mais de R$ 5,3 milhões em bens dos investigados.
Até o momento, a investigação já identificou 15 vítimas do esquema. Uma delas relatou um prejuízo superior a R$ 17 milhões.