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Suspeita de envenenar família com ovo de Páscoa perde guarda dos filhos no Maranhão

A decisão, de caráter provisório, foi assinada pelo juiz Alexandre Antônio José de Mesquita, da 3ª Vara de Santa Inês, na última segunda-feira (12)

João Victor Rodrigues

15/05/2025 11h22

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Foto: reprodução

Jordélia Pereira Barbosa, presa sob suspeita de envenenar uma mulher e duas crianças com um ovo de Páscoa, perdeu temporariamente a guarda dos dois filhos que teve com o ex-marido.

De acordo com o magistrado, a guarda deve ser concedida de forma unilateral ao pai das crianças, uma vez que Jordélia está presa e responde por duplo homicídio e tentativa de homicídio. Para o juiz, a suspeita dos crimes indica a incapacidade da mãe de zelar pelo melhor interesse dos filhos.

A determinação judicial também suspende a contribuição do pai com a alimentação dos filhos, já que as crianças aram a morar com ele após a prisão da mãe, em 17 de abril.

Jordélia foi detida preventivamente após a polícia apontá-la como responsável pelo envio de um ovo de Páscoa envenenado à atual namorada de seu ex-companheiro, Mirian Lira. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os filhos de Mirian, Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7, consumiram o chocolate e morreram com cinco dias de diferença. A mãe também ou mal, foi hospitalizada e já recebeu alta.

Segundo as investigações, Jordélia teria viajado quase 400 quilômetros de Santa Inês até Imperatriz para executar o plano. Imagens de câmeras de segurança mostram a suspeita comprando o ovo de Páscoa, que foi posteriormente enviado à casa de Mirian por um serviço de entrega. Exames confirmaram a presença de chumbinho – um veneno de uso clandestino – no ovo e nos corpos das vítimas.

O Ministério Público classifica a motivação como torpe e acusa Jordélia de agir por vingança, após o fim do relacionamento com o ex-marido. A pena pode variar de 12 a 30 anos de prisão por cada crime. Ainda segundo a Polícia Civil, antes do envenenamento, Jordélia já havia ameaçado Mirian nas redes sociais.

A defesa de Jordélia afirma que ela nega envolvimento nos crimes e que os fatos serão devidamente esclarecidos durante o processo judicial. Atualmente, ela está custodiada na Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM), aguardando os desdobramentos da ação penal.

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