Nesta quinta-feira, após a penúltima sessão oficial de treinos para as 500 milhas de Indianápolis, os brasileiros não aprovaram seus desempenhos. Com reclamações sobre a chuva que caiu sobre o circuito, os brasileiros esperam agora pelos treinos desta sexta e pelo treino do sábado, que define a largada da 90ª edição de uma das provas mais tradicionais do automobilismo mundial.
"Hoje o tempo estava meio uma montanha-russa: começou quente, choveu e agora está frio, ventando muito", descreveu Hélio Castro Neves, da Penske. "Mas o carro começou bem, a pista estava um pouco limpa por causa da chuva, mas depois foi melhorando. Estou bem confiante e os tempos também foram bons", completou o bicampeão da prova, que fez o tempo de 40s1004 e só ficou atrás do companheiro de equipe, o norte-americano Sam Hornish Jr..
Já Tony Kanaan, campeão da categoria em 2004 descreveu o dia como frustrante. "A gente não conseguiu achar o nível de aderência que queria no carro. A chuva não está ajudando. Temos que trabalhar. O resto vai vir com o tempo. Acho que todo mundo tem que trabalhar junto com os cinco carros (da equipe) e tentar achar um pouquinho mais de velocidade para poder brigar pela vitória", completou Kanaan, que fez o sétimo tempo, com a marca de 40s5941.
O brasiliense Vitor Meira, por outro lado, saiu satisfeito do treino, depois de ficar com a décima melhor marca do dia. "Hoje foi o dia que o carro teve o melhor em acerto de corrida com o tanque cheio. Todo mundo fez isso, mas eu acho que a gente consegue andar melhor em tráfego", explicou o piloto da Panther, que fez o tempo de 40s6909.
Pelo lado dos descontentes, o paulistano Felipe Giaffone fez o 20º tempo
e saiu reclamando. "Foi um dia que começou muito ruim. Meu carro não estava nada bom. Fizemos umas mudanças, mas não adiantou. A gente está andando com uma pressão aerodinâmica de corrida, então melhorou no final, quando fizemos algumas mudanças", disse o piloto da AJ Foyt Racing, que marcou 41s2636 e não deixou de reclamar do tempo.
"Choveu de novo hoje (ontem), vamos ver se amanhã (hoje) a gente tem um dia bom, sem chuva. Thiago Medeiros não reclamou da chuva, mas teve problemas no treino e bateu, mas já está bem e liberado para correr. Mesmo assim, o paulista não gostou da confusão na qual se envolveu, apesar de ter conseguido registrar o 23º tempo, com 41s5146.
"Estava vindo na reta e vi que o (Kosuke) Matsuura (equipe Super Aguri Fernandez)
estava atrás de mim. Ele estava vindo, mas como era muito tarde e estava muito perto da curva, não achei que ele ia tentar ultraar. Meu spotter (contato da equipe nos boxes via rádio) falou que ele estava embaixo, e eu tinha feito uma entrada de curva um pouco mais alta pra dar espaço pra ele.
Quando o spotter falou que ele estava abaixo, eu achei que ele tinha colidido. Eu tentei mudar um pouco a minha linha e subi um pouco na pista. Com isso, eu tive uma balançada, um desequilíbrio no carro, entrei na sujeira e perdi a traseira do carro-, descreveu o piloto da PDM.
Airton Daré registrou o segundo pior tempo, ficando com a 29ª posição entre os carros que treinaram e marcando 42s5668, mas também justificou o treino ruim com as condições de tempo em Indianápolis. "A gente não achou que seria necessário andar muito hoje por causa do tempo, que está muito ruim. Como a gente tem um limite de voltas pra andar até sexta-feira, decidimos andar menos hoje (ontem), pra poder andar mais amanhã (hoje), explicou o bauruense da Sam Schmidt.