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Brasil

Homem é condenado a 48 anos de prisão por morte de casal em disputa de grupo neonazista

Barollo foi condenado a 48 anos e 9 meses de reclusão por duplo homicídio duplamente qualificado, que são motivo torpe e surpresa

Redação Jornal de Brasília

23/05/2025 19h17

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Reprodução/Canal TJ-PR/YouTube

CATARINA SCORTECCI
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS)

O Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, condenou Ricardo Ferreira Barollo, 49, nesta quinta-feira (22), pela morte do casal de estudantes Bernardo Dayrell Pedroso e Renata Waechter Ferreira, no ano de 2009, em meio a uma disputa dentro de um grupo neonazista.

Barollo foi condenado a 48 anos e 9 meses de reclusão por duplo homicídio duplamente qualificado, que são motivo torpe e surpresa (sem chance de reação). O mandado de prisão foi cumprido logo após o julgamento.

O advogado de Barollo, Adriano Bretas, afirmou à reportagem nesta sexta-feira (23) que vai recorrer da decisão e buscar um novo julgamento. Sem antecipar detalhes, Bretas diz que há “contrariedade em relação a provas apresentadas no processo”. O réu sustenta que não cometeu o crime.

Barollo foi acusado pelo Ministério Público de ser o mandante do assassinato a tiros do casal, na madrugada de 21 de abril de 2009. Bernardo tinha 24 anos de idade; Renata, 21. Eles eram estudantes universitários e se relacionavam havia um ano e meio.

Em março, outros dois envolvidos no crime também foram condenados: João Guilherme Correa (pena de 35 anos, 2 meses e 15 dias de prisão) e Jairo Macial Fischer (pena de 32 anos, 3 meses e 15 dias de prisão). A defesa da dupla alegou que eles agiram a mando de Barollo, que os ameaçava.

Os dois, João e Jairo, foram considerados os responsáveis por dar os tiros que mataram o casal. Também em março, outras duas pessoas acusadas de ajudar no plano e na execução dos assassinatos foram absolvidas.

De acordo com o Ministério Público, Barollo, que vivia em São Paulo, ligou primeiro para Jairo e ordenou que ele se deslocasse até a cidade de Curitiba e matasse Bernardo. O plano era aproveitar a presença de Bernardo em uma festa que aconteceria em uma chácara em Campina Grande do Sul, no dia 20 de abril de 2009.

A data da festa era uma referência ao nascimento do ditador alemão Adolf Hitler (1889-1945). Ainda segundo a investigação, Barollo era líder de um movimento neonazista e ou a ver Bernardo como uma ameaça ao seu comando dentro do grupo.
O casal foi morto a tiros no meio da estrada, na BR-116, entre Curitiba e Campina Grande do Sul

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