Quinze etapas no calendário e apenas uma em circuito oval. Só isso já seria suficiente para transformar o Grande Prêmio de Milwaukee em uma corrida especial. Mas há outros motivos que fazem da quarta etapa da Fórmula Indy, no próximo domingo, uma prova única para pilotos e equipes.
Afinal, o Milwaukee Mile é uma das mais tradicionais pistas do automobilismo norte-americano e mundial – o oval de uma milha (1.609m) recebe corridas há mais de um século, já que abriu as portas em 1903. Além disso, a programação do GP é mais enxuta do que nas provas em circuitos mistos e de rua, pois os pilotos terão apenas duas horas de treinos livres, no sábado.
Para o brasileiro Bruno Junqueira, a prova pode marcar uma virada na temporada depois de um início complicado. O piloto da Newman-Haas terá como primeiro desafio encontrar o acerto ideal para o Lola/Cosworth de número 2 em uma pista que exige uma série de regulagens específicas de chassi e suspensão.
Logo depois, Bruno ganhará a pista em busca de uma boa posição no grid de largada. Como é característica nos ovais, preocupações como o tráfego ou eventuais bandeiras vermelhas ficam de lado, já que os 18 inscritos para a corrida vão para a pista individualmente.
Embora o retrospecto da Newman-Haas em Milwaukee nos últimos anos não seja tão positivo quanto nos demais circuitos, Bruno está animado e confiante em um bom resultado. Pole nas 500 Milhas de Indianápolis de 2002 e vencedor do GP de Motegi do mesmo ano, o mineiro conhece bem os segredos deste tipo de circuito.
"Milwaukee acabou ficando como a única prova em circuito oval na temporada desse ano, e portanto a única oportunidade que temos para ter um bom resultado nesse tipo de pista. A equipe Newman/Haas não tem um retrospecto muito bom lá, mas espero mudar isso na corida desse final de semana, buscando a pole e a vitória", afirmou o brasileiro.