Menu
Economia

Servidor do INSS receberá até R$ 17,1 mil para revisar BPC e destravar fila da aposentadoria

A medida faz parte do PGB (Programa de Gerenciamento de Benefícios) e consta na portaria 1.836, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (19). Segundo o documento, é possível receber R$ 68 extra por cada tarefa, chegando aos R$ 17 mil

Redação Jornal de Brasília

19/05/2025 18h18

Foto: Reprodução

CRISTIANE GERCINA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o Ministério da Previdência Social vão pagar até R$ 17,1 mil para os servidores do órgão destravarem a fila de pedidos de aposentadoria, pensão e outros benefícios, e realizarem revisão do B (Benefício de Prestação Continuada).

A medida faz parte do PGB (Programa de Gerenciamento de Benefícios) e consta na portaria 1.836, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (19). Segundo o documento, é possível receber R$ 68 extra por cada tarefa, chegando aos R$ 17 mil.

A fila de pedidos da Previdência chegou a 1,95 milhão no ano de 2024, alcançando o maior patamar desde o governo anterior, quando ou de 2 milhões.

Para receber os valores, as regras são as mesmas do programa anterior para destravar filas: primeiro, é preciso cumprir a meta de trabalho mensal do servidor, e só depois dá para participar do programa, com a possibilidade de ganhar valores a mais. Quem não cumpre a primeira etapa, majorada pelo INSS, não recebe.

Segundo a portaria, a meta do instituto é viabilizar a reavaliação dos BPCs (Benefícios de Prestação Continuada), que são uma renda assistencial. Quem tem direito ao BPC recebe um salário mínimo por mês se cumprir as regras da medida.

O QUE O SERVIDOR DEVERÁ FAZER

– Realizar as avaliações sociais dos pedidos de BPC na fase de reconhecimento inicial de direito, a fim de reduzir o tempo médio de espera do agendamento desses serviços
– Reduzir o estoque de benefícios represados há mais de 45 dias nos casos de benefícios previdenciários, assistenciais e indenizatórios na fase inicial de pedido
– Reduzir o estoque de recursos e revisões e manutenção de benefícios que estão na espera há mais de 45 dias
– Realizar o encaminhamento de reabilitação profissional
– Dar cumprimento a decisões judiciais previdenciárias cujo prazo já tenha expirado há mais de 45 dias

A portaria estabelece a seguinte ordem de preferência para as tarefas:
1. Reavaliação de benefícios assistenciais e avaliações sociais
2. Reconhecimento inicial de direito
3. Monitoramento operacional de benefício
4. Demandas judiciais
5. Recurso e revisão
6. Manutenção de benefícios
7. Reabilitação profissional

O documento publicado pelo INSS no Diário Oficial atende a medida provisória do início de abril, que criou o programa de gerenciamento após queda de braço com servidores.

Os istrativos fizeram greve de cerca de 70 dias em 2024 e os peritos ficaram parados por 200 dias.

O principal objetivo é realizar a revisão dos benefícios previdenciários e assistenciais, conforme determina a lei. O BPC, por exemplo, pode ser reavaliado a cada dois anos, assim como a aposentadoria por incapacidade permanente.

Também integram o programa, os serviços de perícia médica federal que são realizados nas unidades sem oferta de agendamento ou nas quais o agendamento só possa ser feito em 30 dias. A medida terá vigência de 12 meses e poderá ser prorrogada mais uma vez, até 31 de dezembro de 2026.

Para servidores do INSS, serão pagos R$ 68 por processo, conforme a instrução normativa desta segunda. Para peritos médicos federais, o valor será de R$ 75 por perícia ou análise documental a ser feita.

Os valores não farão parte do vencimentos, não servem de base para cálculos previdenciários e são limitados por metas. Só receberá o pagamento extra o servidor que cumprir as metas de desempenho do trabalho regular.

Servidores em greve ou com compensação de horas também não terão direito aos pagamentos.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado