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Imigrantes expulsos pelos EUA para Sudão do Sul estão no Djibuti

Além deles, o mexicano Jesús Muñoz Gutiérrez foi sentenciado à prisão perpétua por assassinato. Há, ainda, dois birmaneses, um vietnamita, um laosiano e um sul-sudanês, detalhou

Redação Jornal de Brasília

22/05/2025 22h27

estados unidos

Um grupo de imigrantes, incluindo dois cubanos e um mexicano, que os Estados Unidos tentaram expulsar para o Sudão do Sul, estão no Djibuti devido a uma decisão judicial, lamentou o presidente Donald Trump nesta quinta-feira (22), que os classifica de “monstros”.

O governo americano afirma ter enviado oito imigrantes condenados por crimes violentos para o Sudão do Sul, um país em guerra e alvo de uma advertência de viagem do Departamento de Estado, pois seus países de origem se recusaram a aceitá-los.

Entre eles estão dios cubanos: Enrique Arias Hierro, acusado de homicídio e assalto à mão armada, entre outras coisas, e José Manuel Rodríguez Quiñones, condenado por tentativa de assassinato e tráfico de cocaína, informou o Departamento de Segurança Interna.

Além deles, o mexicano Jesús Muñoz Gutiérrez foi sentenciado à prisão perpétua por assassinato. Há, ainda, dois birmaneses, um vietnamita, um laosiano e um sul-sudanês, detalhou.

O juiz federal Brian Murphy de Boston (nordeste) concluiu que a expulsão viola uma de suas decisões anteriores porque não oferece tempo suficiente para a defesa dos deportados.

Em sua rede Truth Social, Trump reclamou do juiz, um dos muitos que consideram sua drástica política  migratória contraria a lei.

Um juiz “ordenou que oito dos criminosos mais violentos do mundo interrompessem sua viagem ao Sudão do Sul, e permanecessem em Djibuti”, escreveu ele, embora o juiz não tenha nomeado esses países em sua decisão.

“Ele não permitirá que esses monstros cheguem ao seu destino”, acrescentou o magnata republicano.

“Os juízes estão completamente fora de controle, estão prejudicando o nosso país […]. Isso deve mudar imediatamente!”, disse, e solicitou que a Suprema Corte, de maioria conservadora, intervenha para “pôr fim ao atoleiro criado pela esquerda radical”.

Para serem deportados para um terceiro país, os imigrantes deveriam ter sido notificados e ter um “mínimo de dez dias” para recorrer, conforme exigido pela Convenção das Nações Unidas contra a Tortura, declarou o juiz Murphy.

O magistrado ordenou que seis dos imigrantes podem invocar, com a ajuda de um advogado, seu “medo” de serem torturados ou maltratados no país de destino.

Se o Departamento de Segurança Interna considerar esse medo infundado, ele ainda deve dar a eles pelo menos 15 dias para que possam solicitar uma revisão, acrescentou.

O juiz deixa a critério do governo se eles serão trazidos de volta para esse processo ou se este será realizado no local onde eles estão detidos, sob a supervisão de agentes do Departamento de Segurança Interna americano.

Trump reclama que foi forçado a deixar “um grande número” de agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) em Djibuti, um país africano que faz fronteira com a Eritreia, Somália e Etiópia, para garantir a segurança dos imigrantes expulsos.

© Agence -Presse

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