GUILHERME BOTACINI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)
A Justiça dos Estados Unidos suspendeu nesta quinta-feira (6) o plano de demissão voluntária proposto pelo presidente Donald Trump para servidores federais.
O programa proposta pelo republicano deu apenas nove dias para que funcionários do governo e de agências federais respondessem se aceitariam a proposta, que oferece demissão em troca de oito meses de salários como compensação.
Sindicatos com representação de cerca de 800 mil desses servidores acionaram a Justiça durante a semana contra o plano, considerado por eles como um ultimato arbitrário e ilegal que coloca em risco o funcionamento do governo.
Uma audiência sobre o caso foi marcado pelo juiz George O’Toole para a próxima segunda-feira (10).
“Proíbo os réus de tomarem qualquer medida para implementar a chamada ‘Diretiva Fork’ até a conclusão dos argumentos sobre a questão”, disse o juiz. A nome da diretiva faz referência ao email recebido pelos servidores, cujo assunto era “fork on the road”(encruzilhada).
O e-mail delineava a intenção da istração de reformar a força de trabalho federal e iniciava o cronômetro de tomada de decisão individual sobre aderir ou não ao programa.
De acordo com o governo Trump, mais de 40 mil funcionários do governo dos Estados Unidos já haviam aderido ou manifestado interesse em aderir ao programa.
Ainda segundo a Casa Branca, a maioria dos 2,3 milhões de trabalhadores federais é elegível para participar do plano. Os chefes das agências podem criar exceções, e pessoal das Forças Armadas, funcionários do Serviço Postal e trabalhadores das áreas de imigração e segurança nacional estão isentos do plano, segundo o governo.