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Reitora da Universidade Columbia é vaiada durante formatura

No vídeo, muitos formandos gritam “Free Mahmoud Khalil”, pedindo a libertação do estudante da universidade que foi preso após envolvimento em protestos pró-Palestina

Redação Jornal de Brasília

21/05/2025 21h07

protestors rally at white house against israeli bombing of gaza

WASHINGTON, DC – 18 DE MARÇO: Manifestantes seguram cartazes pedindo a libertação do estudante da Universidade de Columbia, Mahmoud Khalil, que foi preso por seu envolvimento com protestos no campus contra Israel, durante uma manifestação do lado de fora da Casa Branca contra o bombardeio israelense de Gaza em 18 de março de 2025 em Washington, DC. O protesto ocorre no momento em que Israel quebrou um cessar-fogo e retomou os ataques ao Hamas em Gaza, matando mais de 400 pessoas em vários ataques. Andrew Harnik/Getty Images/AFP (Foto de Andrew Harnik / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Claire Shipman, reitora interina da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, foi vaiada por parte dos 12 mil formandos durante a cerimônia de formatura da instituição nesta quarta-feira (21). Em seu discurso, mencionou a ausência de Mahmoud Khalil, que deveria receber seu diploma nesta semana, mas está detido pelo ICE, o serviço de imigração dos EUA.

No vídeo, muitos formandos gritam “Free Mahmoud Khalil”, pedindo a libertação do estudante da universidade que foi preso após envolvimento em protestos pró-Palestina.

No contexto de repressão do governo de Donald Trump a estudantes estrangeiros envolvidos em ativismo pró-Palestina, Shipman afirmou: “Acreditamos firmemente que nossos estudantes internacionais têm os mesmos direitos à liberdade de expressão que todos os demais.” E acrescentou: “Eles não devem ser punidos por exercer esses direitos.”

Enquanto isso, manifestantes pró-Palestina fizeram um protesto do lado de fora do local da cerimônia principal de formatura da universidade. Entre eles, alguns ex-estudantes rasgaram seus diplomas.
Neste mês, Columbia suspendeu mais de 65 estudantes por participação em manifestação pró-Palestina que forçou o fechamento da principal biblioteca do campus.

A universidade cedeu, em março, às pressões exercidas pelo governo federal e aceitou permitir operações de detenção no campus. A instituição também aceitou mudanças em seu departamento de estudos sobre o Oriente Médio como condição para recuperar US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) suspensos pelo governo Trump, que acusou a universidade de falhar no combate ao antissemitismo.

A reitora interina, no entanto, já disse que a universidade “rejeitaria a orquestração pesada do governo, que poderia prejudicar nossa instituição e minar reformas úteis”. Ela afirmou que qualquer acordo em que as autoridades federais ditassem “o que ensinamos, pesquisamos ou quem contratamos” seria inaceitável.

A universidade ganhou manchetes no mundo todo em 2024, quando se tornou um dos principais palcos de manifestações estudantis contra a guerra na Faixa de Gaza, a destruição e as mortes causadas por Israel contra a população palestina na região, e o apoio dos EUA ao seu aliado histórico no Oriente Médio.

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