Os detalhes do inquérito que investiga a existência de uma “Abin paralela” demonstram que, no governo Jair Bolsonaro, sob o comando do hoje deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), a sigla deveria ter mudado de significado.
Em vez de Agência Brasileira de Inteligência, deveria ter ado a se chamar Agência de Bisbilhotagem Intensa. Porque foi bisbilhotagem o que ou a ser feito. Contra ministros do STF, parlamentares da cúpula da I da Covid e outros, funcionários públicos e jornalistas.
Bisbilhotagem que tinha por propósito buscar “podres”, fragilidades, contra essas pessoas para tentar constranger os seus trabalhos. Para proteger Bolsonaro, seus parentes e amigos próximos. Essa não é a função de uma agência de inteligência.
Além disso, de inteligente o esquema não demonstrou nada, uma vez que nada conseguiu de fato produzir contra quem monitorou. É o que analisa Rudolfo Lago, no JBrNews de hoje.