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Presidente da Federação de Ginástica quer Jogos simultâneos em 5 continentes

Na matemática de Watanabe, isso permitiria sedes mais simples e custos menores

Redação Jornal de Brasília

20/03/2025 1h01

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Candidato à presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI) Morinari Watanabe comparece à cerimônia de abertura da 144ª Sessão do COI no sítio arqueológico da Antiga Olímpia, berço das Olimpíadas antigas no sul da Grécia, em 18 de março de 2025. O próximo presidente do Comitê Olímpico Internacional será eleito em 20 de março de 2025 entre sete candidatos. (Foto de Fabrice COFFRINI / AFP)

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
BERLIM, ALEMANHA (FOLHAPRESS)

Morinari Watanabe, 66, é presidente da Federação Internacional de Ginástica. Sua plataforma eleitoral para a presidência do COI (Comitê Olímpico Internacional) é curta, mas eloquente: transformar os Jogos Olímpicos em um streaming de eventos esportivos com transmissão 24 horas por dia. Os eventos seriam disputados simultaneamente em cinco cidades de cinco continentes diferentes, com dez modalidades em cada local. Na matemática de Watanabe, isso permitiria sedes mais simples e custos menores.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o cartola japonês defende sua ideia e a neutralidade olímpica, sem, no entanto, explicar como imagina enfrentar os Jogos de Los Angeles, em 2028, à sombra de Donald Trump.

PERGUNTA – Qual é o maior desafio do Movimento Olímpico atualmente?
MORINARI WATANABE – Para que as Olimpíadas sejam um sucesso, a cidade anfitriã deve arcar com uma enorme quantidade de custos. Isso estimula a oposição da população. Além disso, mesmo que as Olimpíadas sejam bem-sucedidas, a presença de esportes em muitos países é baixa. Para reduzir a carga sobre as sedes e aumentar a presença das modalidades em cada uma delas, eu propus a realização das Olimpíadas simultaneamente em cinco continentes.

P – Como a neutralidade política dos Jogos pode ser mantida diante de discussões politicamente carregadas, como a dos atletas transgêneros e o banimento de atletas de determinados países?
MW – Minha posição é muito clara: o esporte deve estar sempre separado da política. O COI já demonstrou no ado que os Jogos Olímpicos podem ajudar a reduzir as tensões e promover a paz. A diplomacia do pingue-pongue na década de 1970 é um exemplo perfeito. Meu objetivo sempre foi usar as interações esportivas para diminuir as tensões.

P – O que um fã dos Jogos Olímpicos poderia esperar do seu mandato à frente do COI nos próximos anos?
MW – Como mostra meu manifesto, os fãs dos Jogos Olímpicos podem esperar ideias novas e pensamento transformador.

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