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Dança e música imersiva na ancestralidade afro-brasileira

O CCBB Brasília recebe, neste fim de semana, a edição de encerramento da turnê Obatalá: uma conexão Salvador-África-Brasil, do Grupo Ofá, que celebra a riqueza da cultura afrodiaspórica por meio da música e da dança

Daniel Xavier

18/02/2025 8h44

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Yomar Asogba, Irma Ferreira, Iuri os e Luciana Barauna. – Foto: Israel Fagundes

O grupo, reconhecido por sua conexão com a ancestralidade afro-brasileira, oferece ao público oficinas de percussão e dança no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB Brasília). A proposta é proporcionar uma imersão nos ritmos e movimentos que compõem as tradições do candomblé. Além das oficinas na terça-feira, um grande show acontece na quarta-feira (19), com a participação especial da cantora Irma Ferreira. O repertório inclui cânticos aos orixás e interpretações de artistas brasileiros que exaltam as raízes da identidade nacional, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, João Donato, Nelson Rufino e Zeca Pagodinho. O o às atividades é gratuito, com ingressos e inscrições antecipadas.

Formado por Iuri os, Yomar Asogbá e Luciana Baraúna, o Grupo Ofá tem raízes profundas na religião de matriz africana. Crescidos no terreiro do Gantois, um dos mais tradicionais da Bahia, os integrantes carregam essa vivência em sua musicalidade. “Nascemos no ambiente do candomblé e, até hoje, participamos como filhos de santo do Gantois. Desde pequenos, ouvíamos os cânticos, os toques e víamos as danças”, conta Yomar Asogbá. Essa influência se reflete diretamente na proposta artística do grupo, que une a percussão ancestral a arranjos da música popular e erudita. “Trazemos a força dos cantos e dos toques dos terreiros e combinamos isso com a riqueza da música brasileira”, acrescenta Iuri os.

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Yomar Asogba, Irma Ferreira, Iuri os e Luciana Barauna. – Foto: Israel Fagundes

O espetáculo apresenta orikis, forma poética nagô-iorubá, entoados com toques ancestrais de atabaques considerados sagrados. A fusão com elementos contemporâneos da música brasileira dá o tom da apresentação. “Ofá significa uma união de vozes que ecoa ritmos, acordes, histórias, ancestralidade e amor”, explica Asogbá.

Tambores e danças

As oficinas do Grupo Ofá representam uma oportunidade para quem deseja conhecer mais sobre a cultura afro-brasileira, independentemente da religião. “São momentos de imersão, principalmente para aqueles que não fazem parte do candomblé, permitindo vivenciar toda a riqueza dos terreiros”, destaca Yomar.

Durante as atividades, os participantes aprendem a tocar tambores e executar os de dança dedicados a cada orixá. Em seguida, assistem a uma apresentação vibrante do grupo, na qual cânticos, danças e ritmos se entrelaçam. O equilíbrio entre tradição e modernidade é uma marca do trabalho do Ofá. “Afoxés, maracatus, blocos de samba afro, Ilê Aiyê e Olodum – todos têm origem nos terreiros do candomblé. A grande sacada é trazer o contemporâneo sem perder a força ancestral”, conclui Iuri.

Serviço
Obatalá: uma conexão Salvador-África-Brasil
Entrada gratuita
Show do Grupo Ofá
📅 Quarta-feira (19), às 20h
🎟️ Ingressos disponíveis no site e na bilheteria do CCBB Brasília a partir de terça-feira (18), às 12h.
Oficinas
🕺 Dança afro com Luciana Baraúna – Terça-feira (18), às 15h
🥁 Ritmos afro com Iuri os – Terça-feira (18), às 17h30
📩 Inscrições pelo e-mail (enviar nome completo, RG, celular com DDD, data de nascimento e indicação de necessidades especiais, se houver).
A entrada é livre. Crianças de até 12 anos devem estar acompanhadas de um responsável.
⚠️ As vagas para as oficinas estão esgotadas, mas interessados podem entrar na fila de espera e assistir à oficina da plateia.

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