“A coleção Outono-Inverno 2009 é forte, diagnosis a confiança. É uma coleção feita para os tempos de crise econômica atuais”, disse hoje a estilista numa entrevista à Agência Efe, na qual frisou que suas criações primam pela feminilidade.
“(A coleção) tem muito sex appeal. É glamorosa, mas é totalmente inspirada na mulher”, acrescentou.
Desta vez, Herrera apostou nos bronzes, nos ocres, no verde escuro, nos tons de cinza, no azul e no violeta, abolindo o preto total da arela.
O desfile da estilista começou com uma modelo vestindo uma blusa cobre, um espartilho de gaze e uma saia bordada de cintura alta na cor bronze, look arrematado com um casaco que terminava acima do joelho.
“Esta coleção é totalmente inspirada na mulher. Ela afina a cintura e alonga as pernas, já que traz calças-cigarrate e saias tubo justas e um pouco mais longas do que de costume”, explicou.
“A moda é uma repetição de ideias e as inspirações sempre vêm da memória, do olho, de um livro maravilhoso… Nesta coleção, (a inspiração) para mim foi o século XVIII, que é uma grande fonte para qualquer estilista por suas cores, pela riqueza dos tecidos e pelos vestidos”, acrescentou Herrera sobre seu trabalho.
Para confeccionar as roupas, muitas delas com detalhes metalizados, a estilista usou seda, jacquards, tule, organza, mohair (tipo de lã) e couro, muitas vezes misturados e sobrepostos, o que lhe permitiu obter texturas diferentes.
Além disso, Herrera apresentou vestidos de noite drapeados, em patchwork e com estampas floraism usadas “para criar proporção”.
Outro destaque do desfile foram os órios, sobretudo os sapatos criados especialmente por Manolo Blahnik e as minibolsas.
“Há detalhes dos órios que tirei da arquitetura do século XVIII e foram feitos em cobre, como os cintos largos, os detalhes dos sapatos, os broches usados no cabelo”, explicou a venezuelana, cuja apresentação foi acompanhada pela editora da “Vogue” americana, Anna Wintour.