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Brasil

Operação encontra 23 celulares, carregadores e dinheiro no presídio da Polícia Civil

Segundo a Promotoria, os policiais, com a ajuda de dois familiares, agiram para atrapalhar a investigação de organização criminosa, pressionando um dos corréus em ação penal a omitir informações em seu depoimento

Redação Jornal de Brasília

05/02/2025 16h57

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Foto: Reprodução/TV Globo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Operação da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo realizada no presídio da corporação nesta terça-feira (4) encontrou 23 celulares, 14 carregadores, 26 fones de ouvido, 11 smartwatches, R$ 21.672,15, notebook, droga, além de dólares e euros.

O objetivo da operação era apreender esses aparelhos, com os quais dois policiais civis que estão presos preventivamente mantinham contato com pessoas do lado de fora. Esses agentes foram citados em denúncias de Antônio Vinicius Gritzbach, 38, conhecido como delator do PCC, assassinado em 8 de novembro de 2024, no aeroporto de Guarulhos.

Segundo a Promotoria, os policiais, com a ajuda de dois familiares, agiram para atrapalhar a investigação de organização criminosa, pressionando um dos corréus em ação penal a omitir informações em seu depoimento.

“Presos desde setembro do ano ado, os dois policias foram denunciados por integrarem e liderarem organização criminosa armada e destinada à prática de crimes contra a istração pública, usura, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro”, afirmou a Promotoria.

Também foi cumprido mandado de busca e apreensão contra um delegado da Polícia Civil investigado por participar do esquema. A Folha apurou que o delegado alvo dos mandados é Alberto Pereira Matheus Junior. A reportagem não conseguiu contato com o delegado ou sua defesa.

Para cumprir os três mandados de busca e apreensão, a corporação mobilizou mais de 80 agentes.

A operação, batizada de Video Vocacionis, faz referência à expressão videochamada em latim, já que foi dessa forma que os presos contataram seu interlocutor do lado. A ação contou com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), da SAP (Secretaria da istração Penitenciária), Controladoria-Geral do Estado, Polícia Científica e Guarda Civil Metropolitana.

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